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terça-feira, 1 de setembro de 2015

EM 10 ANOS, FUNCIONALISMO PÚBLICO DO GOVERNO FEDERAL SALTOU 28%.

Segundo economistas, sem reforma administrativa, corte de ministérios terá pouco impacto nas contas do governo.

Este mês, Dilma Rousseff anunciou que pretende cortar 10 dos 39 ministérios de Brasília. Porém, a medida não será suficiente para enxugar os gastos do governo. Segundo análise de economistas, se junto com o corte de ministérios não houver uma reforma administrativa no funcionalismo público, as contas do governo continuarão no vermelho.
O número de servidores públicos no Brasil subiu de 456 mil, em 2003, para 600 mil, em 2013, um aumento de 28%. Os dados são de um levantamento feito por José Celso Cardoso, economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O maior aumento foi registrado em cargos ligados à Presidência da República, onde os cargos do funcionalismo público saltaram de 3,7 mil para 9,1 mil, um aumento de 143% nos últimos 10 anos.
O Ministério de Minas e Energia registrou um aumento de 2 mil para 3,4 mil (69%). Na pasta dos Transportes, o aumento no número de funcionários públicos foi de 3,8 mil para 6,2 mil (62%). No Ministério da Educação, o número saltou de 164 mil para 247 mil (50%).
O número de ministérios também aumentou: em 2003, Lula herdou 24 ministérios do governo Fernando Henrique Cardoso; atualmente são 39 pastas. Tal fato faz do Brasil o país com mais pastas entre as 50 maiores economias do mundo.
Segundo Augusto Franco, ex-diretor da Firjan e atual consultor, o corte de 10 pastas não tira o Brasil do top 10 da lista. Isso acontece porque a média de ministérios entre as 50 maiores economias do mundo é de 20 pastas. “O país até sai do 1º lugar, mas vai apenas para a 6ª colocação, que passa a dividir com a Nigéria”.
Franco também alerta para a importância de uma reforma política acompanhando o corte de pastas. “Foi a pressão dos partidos aliados que fez com que o país chegasse a ter 39 ministérios. Essa pressão só vai diminuir com reforma política”.

Fonte: O Globo/http://opiniaoenoticia.com.br/

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