Temos dois hospitais funcionando em Caicó. Um para urgências gerais, Hospital Regional do Seridó e outro para obstetrícia, o Hospital do Seridó. Em dias em que as escalas estão cobertas, temos dois médicos plantonistas: o clínico geral e o da UTI. O Hospital do Seridó, dispõe de 01 Obstetra e 01 pediatra. Em nenhum dos dois existem cirurgiões e anestesistas de plantão. Em nenhum dos dois existem equipamentos de Ultrassonografia ou qualquer exame com maior complexidade. Isto dificulta demais um atendimento com qualidade e resolutividade.
Na situação de ontem, que culminou com a tragédia da morte de uma mãe e de uma criança, o que vimos foi o seguinte: a paciente foi direcionada ao hospital regional e chegando lá encontrou um clínico geral para fazer o primeiro atendimento. O hospital não dispunha de um sonar – espécie de ultrassom portátil que escuta o coração do feto – para saber se estava vivo.
Quando foi constatado o óbito da mãe, o passo seguinte seria uma cesárea de urgência para tentar salvar o bebê. Como o hospital não tem cirurgião de plantão, esse procedimento ficou na dependência do cirurgião que estava de sobreaviso ou que o Obstetra plantonista do hospital do Seridó se deslocasse até o regional para fazer o procedimento.
A questão é que a cesárea pôs-morte tem que ser feita imediatamente após a morte da mãe. Então, amigos, a situação é essa. Se estivéssemos em um lugar que oferecesse as condições ideais, a paciente teria sobrevivido? Nunca saberemos! Foi roubado dela e do seu filho esse direito.
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Fonte: http://glaucialima.com/
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