Mudança ocorreu após pedido de sindicato e viralizou após crítica de Sérgio Camargo, da Fundação Palmares Luísa Marzullo.
Nesta quarta-feira, 16, a padaria Aveiro, na zona sul de São Paulo comunicou a mudança de nome do bolo 'nega maluca' para 'afrodescendente'. De acordo com publicação divulgada nas redes sociais, em agosto do ano passado, o estabelecimento recebeu um ofício do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria. Nele, a instituição pedia para "se atentar aos novos comportamentos sociais".- Nomes tradicionais antes vistos com simpatia não são mais aceitos e podem gerar constrangimento e acusações de crime racial, machismo, preconceito. Recomendamos a nossos associados a tomarem cuidado com nomes de produtos que podem ser mal interpretados - disse o sindicato em comunicado à Aveiro, que informou, em suas redes sociais, ser um lugar democrático, sem espaço para racismo.
O comunicado citava outros nomes tradicionais de doces como 'teta de nega', 'língua de sogra' e 'maria mole'. A padaria informou que os produtos seriam chamados, então, de nhá benta, pão doce mole e sorvete mole, respectivamente. O antigo bolo 'nega maluca' também mudou de nome e agora é batizado de 'bolo afrodescendente', o que ganhou as redes sociais.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez um post nas redes sociais com a foto do doce no intuito de ironizar o assunto.
- Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar - escreveu em primeiro post -Temos uma relação de afeto com esses doces. Fazem parte das nossas vidas. Basta de tanto mimimi. Ninguém aguenta mais - completou o presidente.
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