O repentino apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) à indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF) tem chamado a atenção de seus colegas no Congresso.
Depois de fazer uma campanha contra o nome favorito do pai para a corte, Flávio mudou de postura há poucas semanas e passou a defender Mendonça, inclusive com cobranças para marcar sua sabatina no Senado.
No Congresso, a leitura sobre a mudança do filho 01 de Bolsonaro é que Flávio está com receio de que Mendonça possa ser aprovado para a Suprema Corte e votar contra ele nos casos de seu interesse que tramitam ou que tramitarão no órgão. Flávio é investigado no caso ds rachadinhas.
A ala de senadores que segue contra Mendonça reagiu à nova postura de Flávio e disse que ele se arrependeria do apoio. Eles reverberam a fala do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que Mendonça seria o “Fachin” do governo Bolsonaro. Edson Fachin é apontado por políticos do Centrão como exemplo de “traidor”. Indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff, o ministro despontou como um dos maiores defensores da Lava-Jato, operação que atingiu o coração do PT e suas lideranças.
Flávio tem papel decisivo nas indicações do presidente Bolsonaro, em especial as do Judiciário. Como a coluna informou, até poucas semanas atrás, o senador não trabalhava para aplacar as resistências a Mendonça no Senado. Flávio não tinha confiança em Mendonça e acreditava que ele poderia adotar uma linha mais dura contra a classe política ao vestir a toga. Indicado ao STF por Bolsonaro, André Mendonça precisa ter seu nome aprovado no Senado para ocupar o posto.
Fonte: Bela Megale
Foto: Agência O Globo
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