Para o Centrão, “se havia a intenção de acolher Queiroz para que ele não virasse homem-bomba, que isso fosse feito de forma mais eficiente”. Agora, “a bomba explodiu no colo de Bolsonaro” e “criou dificuldades para os recém-aliados” apoiarem o governo. Será que o Centrão já ameaça desembarcar do laranjal?
Não são apenas os generais que sentiram o baque com a prisão de Fabrício Queiroz, o operador da famiglia Bolsonaro. Mônica Bergamo destaca na Folha: “Defender Bolsonaro ficou mais difícil após advogado abrigar Queiroz, avaliam líderes do Centrão”. Ou seja: os profissionais do fisiologismo também estão incomodados!
Segundo a notinha, “os líderes do Centrão ficaram assustados com o que consideram irresponsabilidade de se abrigar Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef, advogado da família de Jair Bolsonaro”. O nível de imbecilidade de Bolsonaro, dos seus filhotes e dos seus milicianos assusta os políticos da direita tradicional.
Para o Centrão, “se havia a intenção de acolher Queiroz para que ele não virasse homem-bomba, que isso fosse feito de forma mais eficiente”. Agora, “a bomba explodiu no colo de Bolsonaro” e “criou dificuldades para os recém-aliados” apoiarem o governo. Será que o Centrão já ameaça desembarcar do laranjal?
Fatura cresceu com prisão de Queiroz
No mesmo rumo, e confirmando o balcão de negócios que virou o laranjal de Bolsonaro, o jornal Valor registra que a “fatura do Centrão cresce com prisão” de Fabrício Queiroz. Ou seja, a velha política do toma-lá-dá-cá custa caro. Só mesmo os bolsominions mais abestados ainda acreditam na bravata da “nova política”.
Segundo a matéria, “após a prisão do amigo e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente deve intensificar a entrega de cargos a partidos do Centrão, de olho na ‘governabilidade’ e como parte da estratégia de defesa que se desenha no núcleo do governo” para barrar o pedido de impeachment.
Além disso, o maior temor do “capetão” é que Flávio Bolsonaro, o filhote 01, “possa se desgastar a tal ponto com mais um episódio do caso Queiroz e que venha a sofrer processo de cassação no Senado, o que tornaria a aliança com o bloco informal de partidos de centro-direita ainda mais urgente”.
Nesse cenário, a pressão do Centrão por mais postos também cresce, “como aconteceu com o movimento de partidos para salvar por duas vezes o ex-presidente Temer de ser afastado. As negociações políticas podem envolver indicações até no Ministério da Educação”. O balcão de negócios ficará mais agitado no laranjal!
Mais de 300 cargos no balcão de negócios
E ele já estava intenso antes mesmo da prisão de Fabrício Queiroz e da queda de Abraham Weintraub. No início de junho, o diário conservador carioca O Globo já havia informado que as negociatas tinham se intensificado no Palácio do Planalto. “Governo já entregou mais de 300 cargos a indicações políticas”, relatava o jornal.
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Fonte: Altamiro Borges/Congresso em Foco
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