Camila Lourenço colhe informações que auxiliam o seu trabalho e arranca elogios por sua beleza.
Camila Lourenço, delegada-adjunta da 78ª DP (Fonseca) , encontrou nas redes sociais uma forma de se aproximar da população. Em suas contas no Facebook e Instagram, a policial de 30 anos, também chamada de "delegata" , compartilha resultados das operações de que participa com sua equipe, o que atrai muitos seguidores. Uma das postagens mais recentes foi sobre a Operação Pégaso , executada este mês, resultando no desmantelamento de uma quadrilha de fraudes de planos de saúde com atuação nacional. O mundo virtual comemorou a conquista. Mas, não dá para negar, está ali também para aplaudir a beleza da policial.
— Comecei a postar de forma pessoal, mas gosto de mostrar a vida profissional. Sempre fui a favor de uma polícia de proximidade, de tirar essa barreira de apatia e truculência. Acredito que contribuo para melhorar esse quadro ao me apresentar como uma mulher numa posição de liderança, mostrando resultados para a população, respondendo a seus anseios — explica a “delegata”, que já se acostumou a ouvir a brincadeira relacionada à sua beleza e diz não se incomodar.
Além da vida profissional, Camila compartilha com os seguidores a sua rotina: treinos na academia, encontros com os amigos, viagens, maquiagens, reflexões sobre sua fé (ela é evangélica praticante) e até os looks do dia, no melhor estilo blogueira. Nos comentários de admiradores, elogios como “maravilhosa”, “heroína” e “poderosa”.
Nascida em São Gonçalo , Camila começou a carreira aos 24 anos como plantonista da 73ª DP (Neves) , naquele município, e há quase dois anos atua na unidade de Niterói. No ambiente majoritariamente masculino, ela faz questão de manter a vaidade. Já fez trabalhos como modelo e é apaixonada por maquiagem, porém o foco principal da interação com seus seguidores é outro:
— Por meio das redes sociais é possível formar uma rede de colaboradores. Recebo informes pelo Facebook. As pessoas percebem que meu trabalho é sério e se sentem à vontade para dar informações, na maioria das vezes, corretas. Muita gente não tem coragem de ir à delegacia, mas quer falar; algumas para denunciar crimes; outras apenas para tirar dúvidas jurídicas.
A maior parte dos fãs que a acompanham é formada por jovens mulheres que dividem com ela o objetivo de ingressar na carreira policial.
— Já fui comentarista de segurança pública , e acho que isso fez as pessoas me encontrarem com mais facilidade. Desde então, comecei a ganhar seguidoras estudantes, meninas que têm o sonho de ser delegadas. Acho que mostrando meu trabalho, provo que a mulher também pode chegar lá. Nós temos talentos que agregam, e muito, para a instituição, que tem lugar para todos os perfis — enfatiza Camila, que também é colaboradora da OAB Barra da Tijuca, no Rio, onde ministra palestras sobre violência doméstica .
Sobre a política de confronto defendida pelo governador Wilson Witzel, que tem aumentado os índices de autos de resistência, como mostra O GLOBO-Niterói nesta edição, Camila diz que, “em tese, trata-se de uma ação legítima até que se apure o contrário”:
— Partimos do pressuposto de que todo o ato de resistência é revestido de legitimidade, que houve uma situação de perigo iminente ou real e o agente teve que revidar injusta agressão dentro da devida proporcionalidade.
Fonte: O Globo
Foto: Roberto Moreyra - Agência O Globo e Alex Oliveira
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