As operações deflagradas ontem pela Polícia Federal (PF) para combater fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) resultaram, até o momento, no cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, sendo cinco relativos à Operação Anjos e dois referentes à Operação Sepulcro Caiado. Foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão, sendo 32 expedidos pela 10º Vara Federal, no âmbito da Sepulcro Caiado, e os outros 19, expedidos pela 6º Vara Federal, no âmbito da Operação Anjos. Ainda não houve cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, um em cada operação.
“As equipes continuam nas ruas tentando cumprir os mandados. A nossa expectativa agora é analisar o material apreendido com apoio da Previdência, tentar identificar novos benefícios que tenham sido fraudados”, informou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Sérgio Busato.
As duas operações ficaram a cargo de 300 policiais federais, com apoio de 12 servidores da Coinp/INSS. As ações da Sepulcro foram realizadas nos municípios do Rio de Janeiro, de Duque de Caxias, São João de Meriti, Paracambi, Sepetiba, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e de Araruama. Já a Anjos se estendeu pelas cidades do Rio de Janeiro, de Nilópolis, Mesquita e de Nova Iguaçu.
Até agora, a força tarefa identificou 140 benefícios fraudulentos, com prejuízo estimado de R$ 32 milhões para a Previdência. O coordenador geral de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda, Marcelo Ávila, informou que só este ano o trabalho da força tarefa previdenciária já identificou prejuízos na ordem de R$ 84 milhões em todo o país, sem contar com as operações Sepulcro Caiado e Anjos, e em torno de R$ 140 milhões de economia para a Previdência. Com as operações de hoje, por causa da suspensão dos 140 benefícios, pela sentença judicial, ele estimou que nos próximos anos a Previdência vai economizar em torno de R$ 93 milhões. A projeção, conforme acrescentou, é feita com base na expectativa de vida média da população de 75 anos. Mas pode ser ainda maior.
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Fonte: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
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