O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) notificaram, nesta terça-feira (21), o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), para prestar informações sobre os cachês de artistas no São João de Caruaru. O prazo é de 24 (vinte e quatro) horas.
Neste São João de 2016, no mesmo dia, Wesley Safadão cobrou 190 mil de Campina Grande, na Paraíba, e 575 mil de Caruaru, em Pernambuco. Outros artistas também estão com diferenças altas nos cachês das duas cidades, segundo informações preliminares levantadas pelos órgãos.
Os órgãos do Ministério Público há meses questionam procedimentos da Fundação Municipal de Cultura de Caruaru, órgão da Prefeitura responsável pelos shows de São João na cidade.
Em março, após receber documentos do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à diretora-presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, Lúcia Lima, que não prorrogasse o contrato firmado entre a fundação e a empresa ABPA Marketing e Produção de Eventos, que capta recursos para festividades como o São João de Caruaru por meio de patrocínios de empresas privadas.
Segundo representação oriunda do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), existiam suspeitas de irregularidades nos processos de inexigibilidade de licitação e contratação da empresa pelo município.
Em janeiro, o Tribunal de Contas (TCE) julgou irregular um processo da Fundação de Cultura de Caruaru, responsável pelo São João, imputando um débito de quase 1 milhão de reais a ex-diretores do órgão municipal. O TCE apontou uma série de despesas indevidas, pagas com recursos públicos, em beneficio da empresa intermediária na organização do São João. A decisão está sendo objeto de recurso no TCE.
Fonte: Alex ribeiro/Blog da Folha
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