Delatores citam participação de Delúbio Soares, Vaccari e José Dirceu.
Dois tesoureiros do PT - Delúbio Soares e João Vaccari Neto - e o ex-ministro José Dirceu participaram, segundo delatores da Lava-Jato, da negociação envolvendo empréstimos ao pecuarista José Carlos Bumlai, nunca pagos, e a contratação da Schahin pela Petrobras como forma de compensação. A participação deles ocorreu em fases diferentes da negociação. No despacho em que determinou a prisão preventiva de Bumlai, o juiz Sérgio Moro afirmou que há prova do envolvimento de Bumlai em corrupção "mediante vantagem indevida concedida aos dirigentes da Petrobras e a ele mesmo, José Carlos Bumlai, e ao Partido dos Trabalhadores".
Três delatores da Lava-Jato relataram o acerto. O principal deles é Salim Schahin, sócio do Grupo Schahin, que teve seu acordo de delação premiada homologado na semana passada pela Justiça.
Salim contou ter se reunido em 2004 na sede do banco Schahin com Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, e com Bumlai para discutir o empréstimo de R$ 12,180 milhões, que serviria para pagar dívidas da campanha presidencial de 2002, estimadas em R$ 60 milhões. Segundo ele, os dois disseram que, "como evidência adicional", a Casa Civil procuraria um dos acionistas do banco. Dias depois, disse Salim, ele recebeu um telefonema do então ministro da Casa Civil José Dirceu. Falaram apenas amenidades, mas, para Salim, "a mensagem estava entendida".
Fonte: Cleide Carvalho e Jaqueline Falcão/http://oglobo.globo.com/
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