Professores em greve no Paraná tentaram entrar na Assembleia Legislativa durante votação em Plenário na tarde desta quarta-feira (29), em Curitiba, e foram reprimidos pela Polícia Militar. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha, e pelo menos 120 pessoas ficaram feridas.
Os professores estão em greve há três dias. Eles protestam contra um projeto de lei do governo Beto Richa (PSDB) que muda as regras da previdência estadual. A medida fará com que algumas categorias mudem de fundos de previdência, para economizar desembolsos mensais com a aposentadoria que, segundo o governo, está deficitário. Na prática, a aposentadoria dos professores, que hoje é paga pelo Estado, passa a ser paga pelo Estado e pelos servidores.
Em fevereiro, quando o governo Richa tentou votar uma medida de ajuste fiscal, os professores fizeram greve por 31 dias. Durante a votação do projeto, eles invadiram a Assembleia. Por isso, para a votação desta quarta, o governo estadual conseguiu uma liminar na Justiça proibindo a entrada dos professores, sob multa de R$ 100 mil para os sindicatos. A polícia colocou barreiras em frente a Assembleia, bloqueando o acesso.
Por volta das 15h, os manifestantes tentaram entrar na Assembleia. A PM reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Segundo a Guarda Municipal, pelo menos 100 professores foram atendidos com ferimentos após o confronto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 20 policiais também ficaram feridos. O conflito durou cerca de duas horas.
Enquanto isso, os deputados continuam debatendo as regras da previdência. As emendas do projeto já foram aprovadas. A segunda votação, sobre o texto do projeto, deve acontecer ainda nesta quarta-feira, a portas fechadas.
Fonte: bc/http://epoca.globo.com/
Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Agência O Globo
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