Responsável pelo Bolsa Família, a ministra petista Tereza Campello (Desenvolvimento Social) celebra como uma “vitória” a unanimidade que se formou em torno do programa. “As pessoas não terem coragem de falar contra o Bolsa Família é uma prova de que ele deu certo”, disse. Em entrevista ao blog, ela revelou-se incomodada com a tese difundida pelo tucanato segundo a qual o programa de transferência de renda deflagrado sob Lula teve origem nas bolsas herdadas de Fernando Henrique Cardoso.
Integrante do grupo de trabalho que formulou o Bolsa Família, em 2003, Teresa reconhece: “Quando assumimos o goveno, já existiam alguns programas.” Havia o Bolsa Educação, o Bolsa Escola e o Vale Gás. Mas eram “muito tímidos, muito mal organizados e feitos há muito pouco tempo”, afirmou a ministra. Ao rememorar as decisões tomadas sob Lula, Tereza desqualificou as bolsas de FHC: “O que nós fizemos? Não queremos esse monte de farelinho que não chegava a R$ 1 bilhão. Queremos um programa que tenha consistência.”
A ministra insinuou que as bolsas tucanas tinham motivação subalterna. Miravam as urnas de 2002, não a transferência de renda aos brasileiros em situação de penúria. Foram criadas no ocaso da gestão FHC, entre abril e dezembro do ano pré-eleitoral de 2001. Tereza realçou que o Vale Gás, “um dos programas que a gente juntou [na lei 10.836], para criar o Bolsa Família”, só veio à luz no último dia útil de 2001, 28 de dezembro.
“Por que não foi criado em janeiro de 2002? Porque a Lei de Responsabilidade Fiscal proibia. Era ano eleitoral. Não poderia ter sido criado. Então, cria no último dia do ano. E se constroi esse programa ao longo do período eleitoral, não como um programa de transferência de renda, mas uma compensação, porque o preço do gás estava alto. O Bolsa Escola foi criado também no ano que antecedeu as eleições. Também não tem histórico.”
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