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sexta-feira, 2 de maio de 2014

LIBERDADE DE IMPRENSA CAI PARA NÍVEL MAIS BAIXO EM DEZ ANOS.

A liberdade de imprensa no mundo todo caiu para o nível mais baixo em uma década, incluída uma deterioração do ambiente nos meios de comunicação nos Estados Unidos, segundo um relatório publicado na última quinta-feira (1/5), dia da liberdade de imprensa, pela organização Freedom House.
De acordo com o portal Exame, o grupo independente sediado em Washington pintou seu mapa de verde, sinal de "Imprensa Livre", em Austrália, Canadá, Costa Rica, Estados Unidos, na maior parte da Europa, Israel, Japão e Uruguai. O amarelo de "parcialmente livre" inclui a maior parte da América do Sul, o noroeste e o sudeste da África, Índia, Itália, os países balcânicos, Índia, Mongólia, Indonésia e Filipinas.
Os outros, incluídos Cuba, Equador, México, Rússia, Venezuela, China, Vietnã, Camboja, Madagascar, grande parte de do centro e do nordeste da África, Oriente Médio e Golfo Pérsico aparecem no tom violeta, de países sem liberdade de imprensa, segundo o grupo.
A deterioração global da liberdade de imprensa, de acordo com a Freedom House, "esteve estimulada em parte por um retrocesso maior em vários países do Oriente Médio, incluído Egito, Líbia e Jordânia, notáveis retrocessos na Turquia, na Ucrânia e vários países do leste da África".Dos 197 países e territórios avaliados pela Freedom House em 2013, 32% ficaram na categoria de "livres", 35% na de "parcialmente livres" e 33% na de países "sem liberdade".
"Os oito países com as piores qualificações continuam sendo Belarus, Cuba, Guiné Equatorial, Eritréia, Irã, Coreia do Norte, Turcomenistão e Uzbequistão", acrescentou o relatório. Na América Latina a liberdade de imprensa caiu para o nível mais baixo em cinco anos e "só 2% da população latino-americana vive em ambientes com imprensa livre".
Das nações latino-americanas em que foi avaliado não haver liberdade de imprensa, o relatório destacou que o México "continuou sendo um dos países mais perigosos e complicados do mundo para a prática do jornalismo", com 76 jornalista assassinados entre 2000 e 2013, e outros 16 desaparecidos desde 2003.
A organização indicou que os países latino-americanos que desde 2009 tiveram piora nas condições de liberdade de imprensa foram, na ordem, Equador, Panamá, Bolívia, Honduras e Nicarágua, enquanto a única nação da região que registrou avanços foi a Colômbia.
De acordo com este grupo, o Brasil está na lista de países da América Latina em que só há parcialmente liberdade de imprensa, junto com Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Haiti, República Dominicana, Panamá, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Paraguai, Bolívia e Guiana.


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