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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PT DIMINUI RENDA DE CANDIDATOS.

Como candidato ao governo de SP, Alexandre Padilha vai receber do PT menos da metade do valor que Fernando Haddad ganhou quando concorreu à prefeitura, no ano passado.

Um dos trunfos eleitorais do PT é o aumento da renda dos trabalhadores brasileiros nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No entanto, pelo menos em um segmento específico, o dos candidatos a cargos majoritários do partido em São Paulo, o PT tem causado uma queda de renda brutal.
Enquanto Fernando Haddad recebeu salários mensais de R$ 26 mil da direção municipal petista no período entre a desvinculação do Ministério da Educação e a posse como prefeito de São Paulo, Alexandre Padilha, que está prestes a abrir mão de um salário de R$ 20 mil no Ministério da Saúde para ser candidato a governador, vai ganhar menos da metade - R$ 10 mil - do diretório estadual do PT.
"Talvez seja porque o PT municipal tem mais dinheiro do que a gente", reagiu o secretário estadual de Comunicação do PT paulista, Aparecido Luis da Silva, o Cidão.
O pagamento de salários para candidatos é uma prática recorrente no PT desde a campanha de Dilma, em 2010. Na época ela recebeu cerca de R$ 12 mil desde que deixou a Casa Civil até a posse. O valor foi calculado com base no maior salário da executiva nacional do PT. Além disso o PT pagava o aluguel de R$ 12 mil da casa em que Dilma morava com a mãe e a tia no Lago Sul, em Brasília.
O mesmo critério foi aplicado para definir os R$ 10 mil de Padilha, com a diferença de que o parâmetro agora é o teto salarial da executiva estadual - embora alguns petistas lembrem que R$ 10 mil é exatamente o valor repassado pelo Ministério da Saúde por integrante do programa Mais Médicos.
No ano passado, durante o lançamento do programa, Padilha foi questionado se os salários dos médicos estrangeiros seriam compatíveis com o padrão de vida brasileiro e respondeu: "não sei".
A pessoas próximas, Padilha disse não estar preocupado com a redução de sua renda pela metade já que, na condição de candidato, terá quase todas pagas pelo comando da campanha.

Fonte: Ricardo Galhardo/O Estado de São Paulo

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