Segundo depoimentos de presos e funcionários, Joneuma mantinha uma relação amorosa com Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá, líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), e concedia regalias a membros do grupo, incluindo a entrada irregular de itens e a liberação de acesso sem revista a pessoas próximas aos detentos.
As acusações, que culminaram na prisão de Joneuma em janeiro deste ano, levantam sérias questões sobre a gestão do sistema prisional e a influência de facções criminosas.
As investigações, conduzidas após a fuga de 16 presos, apontam que Joneuma Silva Neres, primeira mulher a comandar um presídio masculino na Bahia, facilitou a ação que libertou Dadá e outros detentos.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a ex-diretora mantinha “contato direto e reuniões particulares” com líderes de facções, especialmente Dadá, e autorizava benefícios como a entrada de freezers, roupas, sanduicheiras e refrigeradores para uso exclusivo dos membros do PCE.
Um depoimento do ex-coordenador de segurança do presídio, Wellington Oliveira, preso por suspeita de cumplicidade, revelou que Joneuma permitia a entrada da esposa de Dadá sem revista ou inspeção, uma prática que desrespeitava os protocolos de segurança.
Relatos de funcionários e presos indicam que Joneuma e Dadá frequentemente se reuniam a sós, com o visor da porta coberto por uma folha de papel, o que gerava desconfiança entre a equipe.
A investigação também sugere que a ex-diretora teria recebido R$ 1,5 milhão da facção PCE, com planos de fugir para o Rio de Janeiro, onde o grupo mantém alianças com o Comando Vermelho (CV). A defesa de Joneuma, representada pelo advogado Artur Nunes, nega veementemente essas acusações, afirmando que não há provas de qualquer pagamento e que a quebra de sigilo bancário da ex-diretora está à disposição para comprovar sua inocência.
Fonte: Giro de Notícias Policial
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