Bolsonaro questionou se há crime dormir ou conversar com o embaixador e disse que a questão é uma perseguição.
A informação é do advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten. O STF confirmou o prazo para a resposta de Bolsonaro.
Bolsonaro ficou de 12 a 14 de fevereiro na embaixada. A informação foi revelada pelo jornal americano “The New York Times”.
Questionado sobre o objetivo de uma explicação, Bolsonaro disse que: “Algum crime, porventura, venham a investigar”.
“Então, digamos porventura dormir na embaixada, ou conversar com embaixador, algum crime nisso? Tenha paciência, chega de perseguir”, afirmou Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) vai investigar a permanência do ex-presidente na embaixada. Alvo de investigações criminais no STF, Bolsonaro não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira porque estaria legalmente fora do alcance das autoridades brasileiras.
A defesa de Bolsonaro confirmou que o ex-presidente ficou hospedado na embaixada com o objetivo de manter contatos com autoridades do país. Os advogados afirmam que o ex-presidente mantém bom relacionamento com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a nota da defesa.
Os advogados afirmam ainda que quaisquer interpretações que extrapolem essas informações repassadas pela defesa constituem “evidente obra ficcional”, sem relação com a realidade dos fatos e “mais um rol de fake news”.
Fonte: Adriana de Luca/CNN Brasil
Foto: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
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