A morte de George Floyd causou revolta em Minneapolis, reacendendo o debate sobre violência policial e racismo nos Estados Unidos.
A morte de George Floyd, homem negro que morreu após ter um policial branco ajoelhado em seu pescoço por minutos a fio, causou revolta na cidade de Minneapolis, a maior cidade do estado de Minnesota (Estados Unidos) e reacendeu o debate sobre violência policial e racismo. O prefeito da cidade, Jacob Frey, chegou a dizer que, se fosse branco, Floyd estaria vivo.
Na última quinta-feira, 28, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Minneapolis e, durante a noite e a madrugada, entraram em confronto com policiais. Uma delegacia foi incendiada e, nas primeiras horas da manhã de sexta, uma equipe da rede de notícias CNN foi presa ao vivo enquanto cobria os acontecimentos, mas já foi liberada sob pedidos de desculpas do governador do estado.
O caso de George Floyd ganhou a atenção internacional depois que um vídeo de dez minutos veio à tona e que mostrava o policial, Derek Chauvin, ajoelhado sobre o seu pescoço, enquanto Floyd, desarmado, pedia que não fosse morto e dizia que não estava conseguindo respirar. Pouco tempo depois, Floyd, que tinha 40 anos, para de se mexer e é levado ao hospital, mas foi declarado morto no caminho.
Chauvin, que tinha reclamações anteriores contra ele registradas, e outros três policiais envolvidos no caso foram demitidos da força policial. Agora, o FBI e o Departamento de Justiça foram trazidos para investigar as circunstâncias da ação policial que culminou na morte de Floyd. A família pede que os policiais sejam acusados de homicídio.
Embora o fato tenha acontecido em Minneapolis, protestos contra a violência policial foram registrados em várias cidades dos Estados Unidos. Celebridades e lideranças do país também se manifestaram sobre o tema.
O astro do Los Angeles Lakers, o jogador LeBron James, foi um dos atletas que falou sobre isso nas redes sociais, assim como a cantora Beyonce e o filho de Martin Luther King, uma das figuras históricas da luta contra o racismo no país, Martin Luther King III, que citou uma frase de seu pai: “a revolta é a linguagem daqueles que não são ouvidos”.
Fonte: Gabriela Ruic/Exame
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