Desde que chegou à penitenciária federal de Brasília, o chefe da facção paulista tem reclamado da alimentação.
Na semana passada, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe da facção criminosa paulista que controla parte dos presídios brasileiros, apareceu um tanto esquálido em fotografias que registravam sua ida a um hospital na capital federal, a fim de realizar exames médicos.
Segundo apurou a coluna, Camacho perdeu 15 quilos desde chegou à Penitenciária Federal de Brasília, há dez meses. O detento e outros internos reclamam da comida do cárcere, que se resumiria a arroz e frango ensopado quase todos os dias.
Sob forte esquema de segurança, o chefe da organização criminosa foi levado de helicóptero da prisão ao Hospital de Base, na região central de Brasília. O pedido da realização dos exames partiu de sua defesa, cerca de um mês atrás. Ele teria feito uma colonoscopia para investigar uma infecção na região do intestino. Uma das suspeitas, de que estivesse com câncer, teria sido descartada.
Além de Camacho, há relatos de emagrecimento de outros detentos isolados na Penitenciária Federal de Brasília. Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, seu irmão mais novo, teria perdido 20 quilos. Antônio José Muller Júnior, o Granada, outro integrante da cúpula facção, estaria quase 30 quilos mais magro.
Camacho, que acaba de completar 52 anos, está preso desde março do ano passado na Penitenciária Federal de Brasília. Antes disso, ficou pouco mais de um mês na unidade de segurança máxima de Porto Velho (RO). Boa parte de sua sentença foi cumprida na Penitenciária II de Presidente Venceslau, cidade do interior de São Paulo. Naquele presídio, ele fazia um tratamento para úlcera.
Desde que chegou a Brasília, Camacho recebe visita de sua mulher e dois filhos quase toda semana. A visita ocorre exclusivamente pelo parlatório, sem contato físico. As conversas acontecem por um interfone. Isolado, Camacho estaria bastante abalado.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) não descarta nem confirma a doença de Camacho. Em nota, o órgão afirma que, segundo o Código de Ética Médica, “o sigilo de informações de saúde é simultaneamente direito do paciente e dever do profissional”.
O Depen também informa que as “penitenciárias federais celebram contratos com empresas especializadas na preparação e fornecimento de refeições, elaborados com base em parecer nutricional que considera as necessidades calóricas diárias para um homem médio, de 2000 a 2500 kcal /dia”.
Fonte: Aline Ribeiro/Época
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