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quarta-feira, 24 de julho de 2019

LIMITE DE R$ 500 PARA SACAR FGTS FOI PARA BENEFICIAR POBRES, DIZ SECRETÁRIO.

A escolha de limitar o saque do FGTS a R$ 500 por conta no máximo "foi para beneficiar a população mais carente e mais necessitada", afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.
"Eu gostaria de ter liberado mais. Só que para fazer isso nós teríamos que prejudicar outras pessoas. E isso não é aceitável. Nós liberamos o máximo que era possível, garantindo toda a estrutura que existe", afirmou Sachsida.
O secretário afirmou que 81% das contas do FGTS tem menos do que R$ 500 e que, portanto, a maior parcela poderá sacar todo o valor de sua conta. Segundo ele, são 54,7 milhões de pessoas nessa situação. Sachsida disse, ainda, que 36,3% das pessoas que têm o nome negativado possuem uma dívida menor do que R$ 500.
"Desses R$ 40 bilhões que nós estamos liberando, R$ 21 bilhões são para pessoas que têm menos de R$ 1.000 na conta do FGTS. R$ 31,8 bilhões são para pessoas que têm até R$ 5.000 na sua conta do FGTS. Resumindo: primeiro os mais pobres", afirmou.
Ao todo, 106 milhões de pessoas serão beneficiadas pela medida, de acordo com estimativa do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Comparação com Temer
O secretário comparou a medida adotada pelo governo Bolsonaro com a liberação dos saques de contas inativas em 2017, durante o mandato do ex-presidente Michel Temer.
"Esses R$ 500 por conta significam R$ 40 bilhões na economia em 2019/2020. Mais de 100 milhões de trabalhadores vão ser beneficiados por isso. O Governo Temer liberou R$ 44 bilhões para 25 milhões de pessoas. Nós estamos liberando menos dinheiro para quatro vezes mais pessoas."
Ele ainda negou que tenha havido lobby do setor da construção para que fosse limitado o saque das contas do FGTS.
"Não tem lobby nenhum não, senhores, tem a preocupação com o social que marca esse governo", afirmou.
O presidente Bolsonaro tinha confirmado a liberação do saque no último dia 17, durante sua passagem pela cúpula do Mercosul, na Argentina, sem dar detalhes da medida, mas dizendo que o anúncio ainda seria naquela semana.
No dia seguinte, porém, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o anúncio e detalhamento seriam nesta semana, porque os "detalhes técnicos ainda" estavam "sendo ajustados".

Fonte: UOL

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