A presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou na manhã desta segunda-feira, que a decisão do o presidente interino da Câmara, deputado Valdir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão da Câmara dos Deputados, não encerra a luta contra o seu afastamento. A petista soube da notícia enquanto discursava, ao vivo, pela TV em uma cerimônia do Pró-Uni, e ficou desconcertada ao comentar o assunto. Dilma disse que a informação ainda não era oficial, mas que não poderia fingir que não estava sabendo dela. “Não é oficial e não sei as consequências, por favor tenham cautela”, afirmou.
Para um público apoiador, Dilma disse que vivemos uma conjuntura de “manhas e artimanhas” e voltou a dizer que há um golpe em curso contra a democracia. “A gente tem de saber que temos pela frente uma disputa dura, uma disputa cheia de dificuldades. Peço encarecidamente aos senhores parlamentes e a todos uma certa tranquilidade para lidar com isso. É fundamental que a gente perceba que as coisas não se resolvem assim, vai ter muita luta, muita disputa”, disse.
Segundo Dilma, a tentativa de afastá-la é um golpe a tudo que a democracia proporcionou, como “eleger o primeiro operário e a primeira mulher presidentes”. Interrompida pelos gritos de “não vai ter golpe”, a petista disse que sua disposição é de lutar até o fim. “Precisamos defender a democracia, lutar contra o golpe, contra todo esse processo extremamente irregular que foi o meu golpe. Vamos resistir pela democracia, vamos ter uma pauta clara de luga e confiar principalmente na força de nós todos juntos”, concluiu.
Fonte: Agência Estado/Política em Foco
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