Ele disse estar convicto de que a prisão de 23 acusados não é necessária. Cinco foram presos e 18 eram considerados foragidos.
O desembargador Siro Darlan concedeu a liberdade para os 23 ativistas denunciados por participação em atos violentos durante manifestações. Mais cedo, os advogados do grupo haviam entrado com 20 pedidos de habeas corpus na 7ª Câmara Municipal. Dos 23 acusados, cinco já estavam presos e 18 eram considerados foragidos. Todos tinham sido denunciados por formação de quadrilha armada.
- Estou convicto de que não é necessária a prisão. Mas apliquei algumas medidas cautelares, como não se ausentar da cidade e comparecer regularmente à Justiça. Também mandei recolher os 23 passaportes - informou o desembargador.
Na manhã desta quarta-feira, Siro Darlan criticou os advogados por terem entrado com os pedidos de liberdade ao mesmo tempo. Segundo ele, a medida impedia a celeridade necessária para analisar os documentos. Segundo Siro Darlan, cada pedido tem no mínimo 30 páginas.
Darlan afirmou, ainda, que, ao contrário do que disseram os advogados dos ativistas, ele nunca pediu informações à defesa sobre o processo:
— Eles estão complicando tudo. Eu não tenho que pedir informações à defesa, e sim ao juiz e ao Ministério Público.
O desembargador informou que já pediu informações do processo ao juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, que tem cinco dias para dar as respostas.
Darlan já havia concedido, no dia 15, habeas corpus para 13 de 19 pessoas que estavam com a prisão temporária decretada pela Justiça. Na ocasião, a liberdade só não tinha sido estendida à ativista Elisa Quadros, a Sininho, e a outros dois acusados porque, em seguida, Itabaiana decretou a prisão preventiva de todos os 23 denunciados.
Fonte: Ana Cláudia Costa e Gustavo Goulart/http://oglobo.globo.com/
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