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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CONTRÁRIO À ALIANÇA COM PSB EM PE, DEPUTADO FARÁ SUA CAMPANHA "SOZINHO".

Com a entrada do PSDB no governo de Pernambuco e o consequente apoio tucano ao candidato à sucessão estadual a ser definido pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE), o líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho (PSDB), decidiu que irá disputar "sozinho" uma vaga de deputado federal nas eleições de 2014.
Principal crítico ao governo Campos no Legislativo estadual, Coelho, que ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura do Recife em 2012, com 27,65% dos votos, disse que se recusa a deixar de fazer oposição à gestão agora apoiada pelo seu partido.
"Não [está havendo pressão para que reduza as críticas ao governo na Assembleia]. Não houve muita conversa, mas nem adianta porque eu já tinha deixado claro o meu posicionamento", afirmou Coelho à Folha nesta sexta-feira (3).
Nesta manhã, Eduardo Campos empossou novos secretários, entre eles o tucano Murilo Guerra, que agora responde pela Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo. O PSDB também ganhou a presidência do Detran.
Em troca, o ex-ministro de Lula e presidenciável Eduardo Campos conquistou apoio tucano ao nome que ainda irá anunciar para disputar o governo do Estado.
Daniel Coelho era o nome cotado pelo PSDB para disputar o governo de Pernambuco.
O tucano disse que não subirá no palanque do escolhido pelo governador e que fará sozinho sua campanha a deputado federal.
"Vou fazer [a campanha] só, como sempre fiz. Dificulta [o trabalho], mas é a opção que vou ter. Ficando neutro, ninguém me obriga a fazer campanha para a, b ou c. Não vou fazer campanha para o candidato do PSB. Vou fazer campanha somente para Aécio [Neves, pré-candidato tucano à Presidência]".
Coelho migrou para o PSDB no início do segundo mandato de Eduardo Campos, em 2011, quando o PV, seu partido à época, resolveu aderir à base governista.
Na Assembleia Legislativa, o deputado tem cinco companheiros tucanos, mas apenas outros dois fazem oposição.
PT e PTB, que romperam com o governo Campos, também devem começar a fazer oposição, já que pretendem lançar candidato ao governo do Estado.
Os petistas, no entanto, ainda não entregaram todos os cargos que têm na administração pessebista, o que dificulta uma atitude mais crítica ao governo.
Daniel Coelho diz acreditar que o acordo costurado entre Campos e o deputado federal Sérgio Guerra (PE), ex-presidente do PSDB, possa trazer benefícios a Aécio Neves, pois garantiria apoio pessebista ao tucano em um eventual segundo turno.

Fonte: Daniel Carvalho/Folha de São Paulo

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