A captura do achacador de juízes do Supremo libertou o atropelador da legislação eleitoral.
Nesta quinta-feira, em parceria com o apresentador do Programa do Ratinho, Lula deixou em casa o chantagista a serviço da quadrilha do mensalão para incorporar, durante 40 minutos, o animador de palanque a serviço de si próprio e de companheiros do PT.
O que se viu na tela do SBT foi mais que propaganda eleitoral antecipada. Foi um comício eletrônico ilegal estrelado por um pecador sem remédio nem limites.
Na primeira parte do programa, o entrevistado transformou o câncer em instrumento de caça ao voto. A narrativa do combate à doença foi enfeitada por um fundo musical de dramalhão, mensagens açucaradas, cenas do filme “Lula, o Filho do Brasil”, depoimentos lacrimosos e reportagens pautadas pela sabujice.
“Ele foi um grande presidente para nós brasileiros, que o adoramos, o amamos”, derramou-se o ex-jogador Ronaldo, que há poucos anos advertiu que “Lula bebe pra caramba”.
Num dos vídeos que escancararam um crime eleitoral premeditado, a locutora caprichou no fecho glorioso, ilustrado por imagens do herói deixando o hospital: “Parecia a fênix renascendo das cinzas. O homem está de volta. E com a corda toda”.
Ratinho deu-lhe mais corda ainda: por que a saúde não é tão boa?, quis saber. Por culpa da oposição, explicou Lula sem ficar ruborizado. Se o imposto do cheque não tivesse acabado, mentiu, os pacientes do Sírio Libanês hoje estariam morrendo de inveja dos fregueses do SUS.
O apresentador animou-se com o desempenho do parceiro e fez a proposta ao vivo: “Vamo montá um programa de entrevistas, Lula? Teve um monte de jornalista que bateu em você, vamo dá o troco neles”.
O convidado gostou da ideia. ”Um dia desses vocês vão se surpriendê, que eu vou vir aqui trabalhá com o Ratinho”, ameaçou.
Imediatamente, a dupla passou à segunda parte do roteiro, concebida para resgatar Fernando Haddad do buraco dos 3% nas pesquisas.
“Por que você escolheu o Haddad?”, cochichou Ratinho. Close no ex-ministro da Educação, que sorria na fila do gargarejo ao lado do companheiro Luiz Marinho, candidato a um segundo mandato na prefeitura de São Bernardo do Campo.
“Acho que São Paulo precisa do Haddad”, informou o palanque ambulante. Outro close no salvador dos paulistanos e outro convite: “Vem pra cá, Haddad”.
Ratinho retomou o tema: o que pode fazer um prefeito para melhorar o sistema de saúde?
LEIA NA ÍNTEGRA veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes
Fonte: blog do Noblat
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.