ROBERTO REQUIÃO DEFENDE EM PLENÁRIO O “CONSENSO DO RIO”, UM CONJUNTO DE PROPOSTAS DE ECONOMISTAS PARA O DESENVOLVIMENTO COM JUSTIÇA SOCIAL.
O TRABALHO FOI ENCOMENDADO PELO INTERSUL, O INSTITUTO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS PELA INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL.
O Intersul foi lançado em março deste ano para ser uma rede de informações e de instituições com o objetivo de aproximar as políticas de integração dos países sul americanos. E em seu primeiro trabalho, o Instituto encomendou a economistas como Maria da Conceição Tavares, Luiz Carlos Bresser Pereira, Carlos Lessa, Luís Nassif, entre outros, um estudo para conciliar desenvolvimento com eliminação da miséria, distribuição de renda, promoção de pleno emprego, estabilidade de preços e bem estar social. O resultado, apresentado no início do mês no Rio de Janeiro e batizado de "Consenso do Rio", foi elogiado em plenário pelo senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná. Ele enxerga nas conclusões uma resposta à crise financeira e fiscal vivida pelos países ricos e também um contraponto ao Consenso de Washington, um receituário feito em 1989 que pregava a redução do papel do estado na economia, menos direitos trabalhistas e mais liberdade de mercado. Para Roberto Requião, a crise mostra que o modelo atual já faliu e a América do Sul deve repensar seus rumos. O senador defendeu a união estratégica da parte sul do continente e listou as conclusões dos economistas do Consenso do Rio:
Disse o senador Roberto Requião: "Retomada do princípio do planejamento público como instrumento estratégico para alcançar os objetivos nacionais de desenvolvimento econômico, eliminação da miséria, redução das disparidades regionais e da extrema concentração renda, mediante a busca de um sistema tributário justo e progressivo que aponte na direção do Estado do bem-estar social."
Entre as recomendações do Consenso do Rio estão ainda a adoção de política monetária voltada para a geração de emprego, regime semi-flutuante para o câmbio, política de investimentos em infraestrutura e utilização dos bancos regionais de desenvolvimento para alavancar esses investimentos, sem a interferência das agências externas de classificação. As conclusões serão agora negociadas nas instâncias que reúnem os países sul americanos, entre elas o MERCOSUL e o Parlasul, que é o Parlamento do Mercado Comum do Cone Sul.
Fonte: Nilo Bairros
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