Médicos e cientistas se dividem sobre adotar fechamento total e também sobre fechar escolas; população pode ajudar no combate à pandemia, com uso de máscara e trabalho em casa
Com o aumento das internações pela Covid-19, ao menos doze Estados aumentaram as medidas de restrição, na tentativa de frear o avanço do vírus. De acordo com balanço da Fiocruz, 17 capitais têm ocupação de UTIs acima dos 80% e a pressão sobre os hospitais deve aumentar ainda mais nas próximas semanas. Também preocupa a circulação de novas variantes do vírus, como a de Manaus, que estudos preliminares já mostraram ser mais contagiosa.
Para evitar a disseminação ainda maior do coronavírus e o colapso dos sistemas de saúde, especialistas defendem ações mais rigorosas do que as medidas tomadas por governadores e prefeitos pelo País. O tamanho da restrição varia. Médicos e cientistas ouvidos pelo Estadão se dividem, por exemplo, sobre o fechamento das escolas diante do agravamento da pandemia; parte defende até lockdown.
O Brasil já tem quase 253 mil mortos pela doença, o segundo país com mais óbitos, e acumulou dificuldades no enfrentamento da pandemia, como a falta de coordenação nacional no combate à doença, a baixa testagem e a defesa de remédios sem eficácia contra o vírus por autoridades, incluindo o presidente Jair Bolsonaro. A dificuldade de cumprir o isolamento social e os protocolos de higiene, como uso de máscaras e veto a aglomerações, também foram barreiras.
Perguntamos aos especialistas o que governo e sociedade devem fazer agora para conter o problema. Leia as opiniões:
Neste momento é fechar tudo
Gonzalo Vecina Neto, médico, fundador da Anvisa, ex-secretário municipal de Saúde de São Paulo e colunista do Estadão
Como não temos governo federal, a decisão de lockdown, de pelo menos duas semanas, deve ser tomada pelos Estados, de acordo com o clima que estão vivenciando. Neste momento, eu fecharia tudo. Quero que as escolas retomem, mas fecharia tudo, pois tudo indica que estamos diante de um colapso. Além disso, neste momento também não existe jeito de salvar a economia, é preciso salvar a saúde pública. É óbvio que para fazer algo duro e imediato em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, é preciso garantir que ninguém vai morrer de fome. E cada um tem de construir seu entendimento da crise sanitária e buscar construir seu cardápio de alternativas. Home office, mudança de horários, modal de transporte e uso de máscaras mais eficazes.
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Fonte: AgoraRN
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