INTERTV CABUGI AFOGADA NO SANGUE QUE PRODUZ.

Produzir conteúdo jornalístico custa caro, requer qualidade, responsabilidade com o público e com a sociedade. Além da busca incessante por audiência, passar credibilidade e ganhar respeito de quem consome a informação.

Um caso interessante para se analisar é a Intertv Cabugi, afiliada da Rede Globo em Natal, um ponto fora da curva do emissora. Ela é caso único do Brasil, nos últimos 10 anos perde ou empata com SBT na audiência das 11h às 14h. Hora do jornalismo local.

Para tentar ultrapassar a concorrente, mudou a linha editorial, adotou jornalismo sangrento, a violência urbana como sua principal fonte de notícias. Perdeu a identidade, não consegue atingir o público que consome violência, pois tem que adotar mesmo que de forma distante o padrão Globo, e não agrada o telespectador que busca ficar informado do que acontece no Estado.

Ligar o Bom Dia RN ou RNTV é espremer sangue na sua sala, com um certo grau de sadismo, fica a sensação de prazer na informação passada, tudo em busca tresloucada de audiência, ou pior, de algum interesse editorial da emissora local.

Na cobertura de crises na segurança, basta observar a postura da Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará, e da Intertv. A emissora potiguar tenta passar para a rede quadro caótico, como se tivéssemos em guerra, tenta destruir a imagem do Estado, indo muito além do jornalismo e da verdade dos fatos. Já a emissora cearense adora uma postura de preservação do Estado, sem espetacularizar a informação.

O caos pode até favorecer interesses dos sócios, mas destrói imagem do Estado, afeta o turismo e a economia. A informação é passada sem qualidade, o que assistimos na televisão não é o que acontece na vizinhança. Resultado, audiência baixa, o público não se identifica com a emissora.

Consequência, o mercado se fecha para a TV, a audiência diminui, a crise reflete no caixa, mesmo que o conteúdo agrade de alguma forma a direção empresa não ganha empatia com o público. Quem sangra de fato é a Intertv Cabugi, embevecida no que ela chama de jornalismo.

Fonte: Gustavo Negreiros