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sexta-feira, 25 de julho de 2014

A CRISE ENERGÉTICA VAI DEMORAR ANOS PARA SER PAGA.

É possível dizer que a conta de energia continuará subindo nesse ano e nos próximos. O aumento da tarifa atual, atente, não é para pagar os empréstimos tomados pelas distribuidoras em 2014. O encarecimento tem a ver com o aumento da energia em 2013.
Há vários desdobramentos dessa crise no setor elétrico. As distribuidoras estão se endividando para combater o desequilíbrio entre o custo da energia e a tarifa cobrada dos consumidores. Com as térmicas gerando mais energia, o preço da geração aumentou. Mas o custo maior das distribuidoras também foi provocado pelo aumento da taxa de “descontratação”, ou o quanto elas têm de comprar no mercado à vista por não terem contratos de fornecimento de longo prazo. Esse número aumentou por culpa de um leilão fracassado feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
As geradoras, sejam as hidrelétricas ou as térmicas, também estão com desequilíbrio. Ainda não se sabe de quanto.
O certo é que a garantia dada agora aos bancos será paga por todos nós, sejamos consumidores ou contribuintes. É concreto. O governo, depois de ter desequilibrado todo o mercado por meio de Medida Provisória, inventou um longo caminho para tampar o rombo do setor sem que afetasse as metas fiscais para 2014.
A todo momento aparece um novo fio desencapado. A confiança do empresário, por exemplo, segue caindo já que, sem saber o preço da energia, qualquer empresa suspende investimentos.
Com o futuro nebuloso, vale olhar o passado. No final do governo militar, o setor elétrico estava quebrado, todos se deviam e ninguém se pagava. Um projeto de lei muito discutível fez o Tesouro sanear o setor inteiro na década de 1990 ao custo de R$ 20 bilhões.
A crise atual deve custar mais caro.


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