Presidente define agenda pré-eleitoral e cobra projetos para apresentar até junho de 2014.
A presidente Dilma Rousseff cobrou neste sábado, em reunião ministerial que durou cerca de sete horas, a execução das obras de infraestrutura e a garantia da agenda de inaugurações em 2014, ano eleitoral. Participaram do encontro 15 ministros de Estado e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda.
- Levamos algumas broncas - disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Pela manhã, pouco antes de dar início à reunião, Dilma mencionou o evento em seu Twitter. Tratou o encontro ministerial como algo rotineiro, mas importante para coordenar os esforços dos ministérios.
"Considero que governar é oferecer à população serviços públicos com cada vez mais qualidade e honrar a confiança em nós depositada. Por isso, reuniões rotineiras como essa são importantes para coordenar os esforços dos ministérios", escreveu a presidente.
A cobrança aos ministros era esperada. A expectativa era que Dilma cobrasse de cada área resultados que serão entregues nos últimos dois meses deste ano e no primeiro semestre de 2014, quando se encerra o prazo para participação de candidatos em inaugurações de obras. A prioridade são os projetos e obras de infraestrutura e da área social.
A presidente averiguou com cada ministro a quantas andam os projetos e as obras dessas pastas e o que precisa ser acelerado para ser incluído na sua agenda de inaugurações dentro do prazo permitido pela legislação (até junho).
Também se esperava que a presidente anunciasse que quer intensificar os eventos do Mais Médicos, a entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida, a construção de creches, a distribuição de máquinas para as prefeituras e as cerimônias de formatura do Pronatec (ensino técnico). São essas ações que ela usará como marca de sua gestão durante a campanha.
Na reunião foi feito, ainda, um balanço das metas das áreas sociais e de infraestrutura. No meio deste ano, no auge dos protestos de rua, Dilma fez encontros emergenciais nos fins de semana no Alvorada. Também convocou uma reunião ministerial, na Granja do Torto, para montar a estratégia de reação do governo às demandas das ruas.
A partir de agosto, Dilma intensificou a agenda externa. Aumentou o número de viagens, com foco no Sudeste e no público jovem e de classe média; passou a receber grupos diversos no seu gabinete e a participar de cerimônias fora do Planalto. Nesta semana, por exemplo, Dilma foi ao Museu da República para a comemoração dos dez anos do Bolsa Família, com a participação de políticos aliados, servidores e beneficiários do programa, além do ex-presidente Lula.
Nos últimos dois meses, Dilma esteve duas vezes no Congresso e implementou uma recepção frequente aos líderes aliados no Planalto. A presidente voltará ao Rio Grande do Sul para mais uma inauguração na área de energia. Durante a semana, em Brasília, vai novamente receber parlamentares governistas.
Fonte: Cristiane Jungblut e Danilo Fariello/O Globo
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