Presidente do TSE criticou o vazamento de inquérito sigiloso e condenou a falta de cooperação do Telegram.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) beneficiou criminosos. Ele se referia ao vazamento do inquérito sigiloso do ataque hacker à Corte eleitoral."Ainda na gestão anterior do TSE, houve uma tentativa de invasão [do sistema]. Foi instaurado um procedimento sigiloso no TSE, um inquérito sigiloso na Polícia Federal no qual foram requeridas informações sensíveis sobre a arquitetura interna do TSE e esse material foi colocado na rede social do presidente. O presidente facilitou a vida das milícias digitais", avaliou o magistrado em entrevista ao jornal O Globo.
Barroso é um crítico de Bolsonaro, que já fez diversos ataques ao ministro e ao sistema de votação eletrônica vigente no país. Com isso, o presidente do TSE afirma que, apesar dos "maus momentos recentes" - como exemplo, ele citou o desfile de tanques na Praça dos Três Poderes e a "minguada" manifestação do 7 de setembro, auge da crise entre Executivo e Judiciário -, não vê risco de retrocesso no país.
Neste sentido, o ministro apontou que os limites para a atuação dessas plataformas devem ser estabelecidos pelo Congresso Nacional - e ele diz conversar com o deputado Orlando Silva (PCdoB-sp), relator do projeto de lei das fake news. Mas ponderou que o TSE não pode deixar de julgar uma questão, caso seja provocado, pela inexistência de uma lei.
Fonte: iG
Foto: Abdias Pinheiro/ Secom TSE
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.