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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

DIA MUNDIAL DO COMBATE À AIDS: PANDEMIA DIMINUI RESPOSTA AO HIV

Pesquisa aponta que prevenção e tratamento à doença diminuíram durante a pandemia de covid-19

No dia 1º de dezembro, o mundo celebra o Dia Mundial de Combate à Aids. Nesta data tão importante, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) divulgou dados preocupantes. O mundo poderá enfrentar 7,7 milhões de mortes relacionadas à AIDS nos próximos 10 anos. Esse número se deve, em partes, à diminuição do tratamento e da prevenção durante a pandemia de covid-19. 

Este ano marca 40 anos desde que os primeiros registros de casos de AIDS. Alguns países, inclusive aqueles com os mais altos índices de HIV, tiveram progressos. Entretanto, o número de novas infecções não está caindo suficientemente rápido para conter a transmissão. Em 2020, foram registradas 1,5 milhão de novas infecções, segundo levantamento. 

O ritmo dos testes de HIV foi reduzido quase uniformemente no período pandêmico, ou seja, menos pessoas portadoras de HIV iniciaram o tratamento em 40 dos 50 países que se reportaram ao UNAIDS. Os serviços de prevenção também foram impactados -- em 2020, a redução de danos para pessoas que usam drogas e que têm Aids foi interrompida em 65% dos 130 países pesquisados.

Segundo a UNAIDS, a desigualdade é outro fator que incide sobre as taxas de infecção. "Sabemos o que funciona ao vermos respostas brilhantes à AIDS em alguns lugares", explica Winnie Byanyima, diretora-executiva da organização. "Mas precisamos aplicar isso em todos os lugares para todas as pessoas", acresenta.

"Acabar com as desigualdades para acabar com a AIDS é uma escolha política que requer reformas políticas ousadas e requer dinheiro. Chegamos a uma encruzilhada no caminho. As lideranças precisam escolher entre agir ousadamente ou tomar medidas incompletas", ressalta Byanyima. 

Seis em cada sete novas infecções por HIV na África subsaariana ocorrem em mulheres adolescentes. Homossexuais, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas enfrentam um risco até 35 vezes maior de adquirir o HIV. 

Em junho de 2021, 28,2 milhões de pessoas tinham acesso ao tratamento do HIV, em comparação a 7,8 milhões em 2010. De acordo com o estudo, países com políticas baseadas em evidências, forte participação da comunidade e sistemas de saúde sólidos e inclusivos tiveram os melhores resultados, enquanto as regiões com as maiores lacunas de recursos e países com leis punitivas e que não adotaram abordagens baseadas em direitos à saúde, tiveram os piores resultados.

Fonte: SBTNews
Foto: Reprodução

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