Só há uma forma de o PT abrir mão da candidatura de Fátima Bezerra ao Senado da República: se Henrique Eduardo Alves for candidato ao governo e negociar com o PT nacional a eleição de um petista para presidir a Câmara dos Deputados no próximo biênio.
Esta articulação em Brasília pode matar o projeto majoritário do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte.
Neste cenário, Fátima Bezerra se volta para sua reeleição à Câmara dos Deputados e o PT tentará dobrar sua participação na Assembleia Legislativa. E poderá ser acomodado na vaga de vice ou na primeira suplência do Senado.
O PT norte-rio-grandense prioriza a pré-candidatura de Fátima Bezerra, mas sabe que não terá grande chance se ficar isolado numa chapa "puro sangue" ou numa aliança de pequenas legendas.
O PT potiguar sempre sonhou com a candidatura de Fátima Bezerra numa aliança com o PMDB e tendo como candidato ao governo o ministro Garibaldi Alves Filho.
O PT ainda sonha com esta aliança, mas isto está cada vez mais difícil porque, eleitoralmente, o PMDB prefere Wilma de Faria (PSB).
O PMDB quer Wilma por perto para reduzir o risco de derrota num projeto majoritário. Ao PT resta, mais uma vez, um papel de coadjuvante.
A articulação de uma eventual candidatura de Henrique Eduardo Alves ao governo envolvendo o PT se dará em Brasília. Se o atual presidente da Câmara fechar com o PT para fazer seu sucessor, os petistas potiguares não terão argumentos para enfrentar o rolo compressor da executiva nacional.
Para o PT nacional, a eleição no Rio Grande do Norte não deve ser motivo de preocupação. O jogo pesado está em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Se pintar uma cadeira no Senado de um petista do Rio Grande do Norte. Beleza! Se não der, paciência!
Fonte: Diógenes Dantas/http://nominuto.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.