Assessoria de líder do PT informou que já foram coletadas 28 assinaturas.
Para protocolar requerimento, são necessários nomes de 27 senadores.
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), anunciou nesta terça-feira (17) que foram coletadas 28 assinaturas entre os integrantes dos partidos de apoio ao governo para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) para investigar o envolvimento de políticos com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Para que o requerimento que pede a criação da CPI seja protocolado na Mesa do Senado, são necessárias 27 assinaturas. Para uma CPI mista, também são necessárias as assinaturas de 171 deputados federais.
O Bloco de Apoio ao Governo no Senado é formado pelos parlamentares do PT, do PDT, do PSB, PCdoB e do PRB. Ao todo, 25 parlamentares compõem o bloco. Os 13 senadores do PT assinaram o requerimento, segundo Pinheiro. Há ainda, de acordo com o senador, outras 3 assinaturas do PMDB.
Walter Pinheiro afirmou que aguarda a entrega oficial das assinaturas do PMDB e do Bloco União e Força (PR-PTB-PSC).
Os cargos mais cobiçados pelos partidos são os da presidência e da relatoria, que conduzem as investigações. Regimentalmente, esses cargos pertencem às maiores bancadas - PMDB, no Senado, e PT, na Câmara.
Segundo a Secretaria da Mesa, entre os 15 integrantes do Senado, o bloco da maioria (PMDB) terá direito a cinco indicações. Outras cinco vagas seriam do bloco do governo (formado por PT, PDT, PSB, PC do B e PRB). Nesse bloco, uma vaga deve ficar com o senador Pedro Taques (PDT-MT).
O bloco União e Força tem direito a duas vagas. O líder do bloco, senador Gim Argello (PTB-DF), já oficializou a indicação dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Vicentinho Alves (PR-TO).
O bloco do governo não fez indicações dos nomes que vão compor a CPI por conta da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que discutiu o projeto que pretende acabar com a "guerra dos portos". Uma reunião estava prevista para esta terça, mas ainda não foi remarcada.
Defesa e recuo
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu nesta terça a criação da CPI. "Eu acho que o Brasil precisa passar a limpo as questões com serenidade. Nós cansamos de ver o grau de corrupção existente que, infelizmente, atinge a quase todos os partidos. Acho que o Brasil cansou, então, talvez, seja o momento de o Congresso crescer, fazermos uma CPI que vá à raiz da questão. O Congresso, nesse momento, tem que fazer [a CPI]", disse o ex-presidente.
Também nesta terça, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, negou no Senado que haja orientação do Planalto para um "recuo" no que diz respeito à instalação da CPI, que pretende investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários.
Segundo a ministra, a preocupação do governo é de que as votações de propostas consideradas relevantes não sejam prejudicadas.
"Eu não tenho informação sobre recuo [da CPI]. Da nossa parte, estamos focados para fazer que as votações continuem dentro da normalidade [...] Semana passada tivemos uma semana bastante produtiva em termos de votação. Da nossa parte, a orientação é a normalidade e continuidade das votações", disse Ideli.
Fonte: G1
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