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sexta-feira, 28 de abril de 2023

TELEGRAM SE RECUSA A FORNECER DADOS DE GRUPOS NEONAZISTAS E AMEAÇA DEIXAR O BRASIL

Dono do Telegram ameaça encerrar as atividades da plataforma no Brasil após se negar a entregar dados de grupos neonazistas: “Nosso objetivo é preservar a privacidade e a liberdade de expressão. Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada”. Alemanha, Noruega, Rússia, China e outros países também já tomaram medidas contra o aplicativo.

A suspensão do Telegram pela Justiça Federal, por descumprimento a uma ordem de entregar dados de um grupo neonazista às autoridades, levantou dúvidas entre usuários se a plataforma poderá deixar o Brasil.

Os rumores cresceram ontem após a divulgação de um texto do confundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, comentando a decisão da 1ª Vara Federal de Linhares, no Espírito Santo, de retirar a plataforma do ar. Além da suspensão, a Justiça determinou uma multa de R$ 1 milhão para cada dia que o Telegram não colaborar com as investigações.

Na mensagem, Durov afirmou que não descartaria a hipótese de deixar um mercado se as leis locais fossem “contrárias à missão do Telegram”. Segundo ele, o aplicativo, que já é alvo de medidas similares em outros países, tem como objetivo “preservar a privacidade e a liberdade de expressão em todo o mundo”.

“No passado, países como China e Rússia proibiram o Telegram devido à nossa posição de princípio sobre a questão dos direitos humanos. Tais eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis à traição de nossos usuários e às crenças nas quais fomos fundados”, escreveu ele.

Apesar da sugestão de que pode deixar o país, Durov informou que o Telegram está recorrendo da decisão judicial. “Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada”, acrescentou.

Problemas em outros países

O Brasil não é o primeiro país do mundo a restringir ou suspender o Telegram. Além de Rússia, China e Irã, citados pelo próprio fundador da plataforma, Alemanha, Noruega, Belarus, Indonésia, Paquistão e outros estão entre os que tomaram algumas medidas contra o aplicativo.

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Fonte: Pragmatismo Político

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