Primeiro registro de venda de bens recebidos pelo Estado brasileiro ocorreu em 2022.
Ainda que os conjuntos de joias recebidos durante visita oficial à Arábia Saudita tenham sido trazidos ao País em 2019, foi somente próximo ao fim do mandato de Bolsonaro que se iniciou ao plano de reaver os itens apreendidos pela Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos.
Esse kit era composto por um anel, abotoaduras, um rosário islâmico e um relógio da marca Rolex.
O relógio teria sido o mesmo que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid teria vendido nos Estados Unidos em junho de 2022. As mensagens relativas à negociação foram divulgadas pela PF.
Outros itens recebidos durante a gestão Bolsonaro também foram negociados no estado da Pensilvânia, como um segundo relógio, da marca Patek Philippe, recebido do governo do Bahrein, e outros itens de ouro branco recebidos com o Rolex.
Em dezembro, Cid tira uma foto dos itens de ouro branco recebidos da Arábia Saudita. A foto foi registrada na casa do militar.
Segundo às investigações, o relógio e os demais itens teriam sido recomprados pelo advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
A investigação aponta que no dia 14 de março deste ano, o advogado voltou ao Brasil com o relógio e entregou a Mauro Cid. O item foi reinserido no acervo da União.
O plano do grupo era reaver os itens vendidos para que fossem apresentados ao Tribunal de Contas da União após revelado o esquema, como forma de se eximir dos crimes praticados.
Outros dois itens, uma árvore e um navio com partes em ouro, também entraram no rol de bens à venda, no entanto, não tiveram as negociações concluídas por não serem feitos inteiramente de ouro.
Outro kit de ouro rosé recebido por Bolsonaro foi colocado à venda em um site de leilão dos Estados Unidos em fevereiro de 2023, mas não foi comprado.
Fonte: Carta Capital
Foto: Evaristo Sá/AFP
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