Lula faz oposição tímida ao projeto no Congresso, mas espera que STF decida por rejeitar tese.
Uma ala petista diz que Zanin está decepcionando com sua postura. Em menos de um mês como ministro, o ex-advogado do presidente:
* Votou para derrubar impedimento de juiz que julga parte cujo escritório tem parente;
* Foi o único contra injúria à população LGBTQIA+;
* Não reconheceu insignificância num furto de R$ 100;
* Foi contra a descriminalização da maconha;
* Votou por tornar GCM em Polícia Municipal e;
* Votou contra o reconhecimento de violações de direitos de indígenas.
Este último ponto é visto como uma antecipação do voto do ministro no caso do Marco Temporal.
Há uma ala do PT que ainda confia em Zanin. Deputados da base dizem que o ministro está votando estrategicamente de forma conservadora em pautas já decididas no STF. Um voto contrário em um tema que já possui maioria, segundo esses deputados, é mostrar à oposição que Zanin não será o “advogado de Lula” no STF. “8×3 ou 9×2 é a mesma coisa”, dizem.
O voto de Zanin é imprevisível. Não há um congressista ou integrante do governo que aposte qual lado o ministro vai tomar no julgamento que pode impactar 303 terras indígenas, que somam 11 milhões de hectares e onde vivem cerca de 197 mil pessoas.
Fonte: Vinícius Nunes/Metropóles
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
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