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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

E-MAILS MOSTRAM MAURO CID NEGOCIANDO VENDA DE ROLEX RECEBIDO EM VIAGEM OFICIAL

Militar alegou a interessada que não tinha o certificado do Rolex porque “foi um presente recebido durante uma viagem oficial”, e que pretendia vender a peça por US$ 60 mil.

E-mails mostram que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), negociou um relógio da marca Rolex recebido em uma viagem oficial quando trabalhava no Palácio do Planalto.

As mensagens fazem parte do conteúdo em posse da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8 de janeiro. O colegiado pediu à Presidência da República os e-mails enviados e recebidos por funcionários da Ajudância de Ordens na gestão de Bolsonaro. O conteúdo da mensagem sobre o Rolex foi revelado pelo Globo nesta sexta-feira (4).

De acordo com o material em posse da comissão, em 6 de junho de 2022, Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora. “Obrigado pelo interesse em vender seu rolex. Tentei falar por telefone, mas não consegui", disse ela. “Quanto você espera receber por ele? O mercado de rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa", escreveu.

Em resposta, Mauro Cid disse que não tinha o certificado do Rolex, pois “foi um presente recebido durante uma viagem oficial”, e que pretendia vender a peça por US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, em cotação atual). Os e-mails não detalham o contexto do recebimento do relógio.

Em outubro de 2019, durante uma visita à Arábia Saudita, o então presidente Jair Bolsonaro recebeu um conjunto de joias, composto por um Rolex, um anel, uma caneta e um rosário islâmico, do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud.

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Fonte: O Tempo

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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