Eu entendo. Ou melhor, acho que entendo essa dúvida que não é exclusiva do jornalista uber veterano. Muita gente por aí expressou o mesmo assombro em relação à diferença na renda futura de Zanin. É quase como se todo mundo previsse que o futuro ministro do STF fosse dar um jeitinho de complementar a renda por fora. Ou como se ele fosse trocar o que hoje é lícito pela emoção do ilícito.
Maldade. Se bem que, em se tratando de um advogado do PT, não duvido de nada. E jamais arriscaria chamuscar a pele delicada das minhas mãos para defender o sujeito. Mas me parece que na dúvida de Alexandre de Garcia, bem como nas insinuações dessa gente desconfiada, sobra Marx (é, o Karl!) e falta Dostoiévski. Ou Shakespeare. Ou mesmo Machado de Assis, se é que você faz questão do produto nacional.
Análises desse tipo, isto é, que se atêm ao lado financeiro de qualquer movimento político, filosófico ou religioso, estão por toda parte. Sinal de que Marx (é, o Karl!) realmente contaminou a visão de mundo das pessoas e, ao longo de décadas e décadas de doutrinação, conseguiu reduzir o ser humano a um animal sem alma, movido apenas por aquilo que os antigos chamavam de vil metal.
O problema é que essa ideia materialista do ser humano ignora o que vou chamar aqui, sem qualquer compromisso com a exatidão do termo, de cosmovisão. Todos temos uma. A cosmovisão de alguns é mais elaborada do que a de outros. A do Lula é diferente da sua que é diferente da minha que é diferente da de Cristiano Zanin. E há cosmovisões que de fato privilegiam o dinheiro e só compreendem a vida do ponto de vista contábil.
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Fonte: Paulo Polzonoff Jr./Gazeta do Povo
Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
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