Justiça Federal aceitou denúncia e agora ele responde a um processo criminal. Caso foi revelado por reportagens do Metrópoles.
O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães virou réu pelos casos de assédio contra funcionárias do banco, revelados aqui na coluna em junho do ano passado.A Justiça Federal aceitou a denúncia ajuizada em Brasília pelo Ministério Público Federal como resultado da investigação oficial aberta para apurar o caso.
Assim, com a acusação formal da Procuradoria aceita pela Justiça, Guimarães passa a responder criminalmente pelos episódios de assédio.
A reportagem que revelou o assédio na Caixa foi resultado de uma extensa investigação realizada pela coluna.
Foi já durante o trabalho de apuração jornalística que o procedimento oficial do MPF teve início. Temendo represálias e perseguição, as vítimas resolveram levar o caso à Procuradoria porque, assim, se sentiriam mais protegidas. A partir de então, o procedimento foi instaurado.
O escândalo, o primeiro no Brasil envolvendo um personagem de relevo da cúpula do poder, resultou na queda imediata de Pedro Guimarães. Ele deixou o cargo um dia após a publicação da primeira reportagem. Houve outras na sequência, que também revelaram episódios de assédio moral.
Guimarães era um dos integrantes do governo de Jair Bolsonaro mais próximos do então presidente da República.
Os detalhes da denúncia, assim como a pena que a Procuradoria pede para Pedro Guimarães, ainda são mantidos em sigilo. O processo corre em segredo na Justiça Federal do Distrito Federal.
Acompanham a denúncia dezenas de depoimentos em vídeo prestados aos procuradores por vítimas e testemunhas dos casos de assédio.
Em nota enviada na noite desta quinta-feira à coluna, o advogado José Luis Oliveira Lima negou mais uma vez que Pedro Guimarães tenha cometido crimes e disse acreditar que ele será absolvido.
“A defesa de Pedro Guimarães nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição. Pedro Guimarães confia na Justiça”, diz o texto.
Fonte: Rodrigo Rangel/Metrópoles
Foto: André Borges/Esp. Metrópoles
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