Parte do núcleo lulista considera que Tebet tem perfil econômico muito diferente do de Fernando Haddad (PT), que será o titular da Fazenda, o que poderia criar uma tensão entre os 2 no governo.
No entanto, o futuro ministro da Fazenda elogiou a senadora na 2ª feira (26.dez) ao dizer que ela tem perfil adequado para eventualmente assumir o Ministério do Planejamento no novo governo.
O nome de Tebet chegou a ser cogitado para outros postos, como os ministérios do Desenvolvimento Social, das Cidades ou do Meio Ambiente. Porém, houve forte reação de petistas e outros aliados contrários à ideia.
O temor seria que, ao gerenciar programas como o Bolsa Família (atualmente chamado de Auxílio Brasil) e ações como obras de infraestrutura, a emedebista passasse a ter uma ótima vitrine para concorrer novamente à Presidência da República em 2026.
O futuro ministro de Relações Internacionais, Alexandre Padilha (PT), também confirmou que o PT já recebeu uma sinalização positiva do MDB de que Tebet irá aceitar o convite.
Perguntado, Padilha não foi claro sobre quem controlará o PPI (Programa de Parcerias de Investimento). O Poder360 apurou que o programa ficaria sob sua responsabilidade.
“Não existiu nenhuma discussão porque já tem uma estrutura do ministério do planejamento proposta pela transição e foi esse o convite que foi feito a senadora Simone Tebet. Ipea e IBGE fazem parte do ministério do planejamento. O ministério não será nem menor nem maior, independente de quem seja a pessoa que venha a ocupa-lo”, disse.
O PPI ainda está em indefinido, ao menos publicamente. Esta área ficaria sob o comando de Tebet, dando mais relevância ao Ministério do Planejamento. Neste cenário, o programa sairia do guarda-chuva da Casa Civil de Rui Costa.
Fonte: Matheus Maia e Mariana Haubert/Poder 360
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