Atual vice de Bolsonaro, o agora senador eleito avaliou que esse seria um dever do ex-capitão, que, por sua vez, arranjou uma viagem aos EUA para não cumprir a responsabilidade.
“Eu considero isso [o passamento da faixa presidencial] um dever e uma responsabilidade do presidente que sai. É um ato simbólico da troca de comando. O presidente da República já sinalizou que não deve participar dessa cerimônia. Ao tomar essa decisão, não compete a mim participar, porque não sou o presidente”, explicou Mourão ao site Metrópoles.
Com a ausência do presidente e do vice, ainda não está claro quem entregará a faixa presidencial para Lula, que assume o comando do País pela terceira vez no dia 1º de janeiro.
Na entrevista ao site, Mourão também foi questionado sobre as alegações de fraude eleitoral feita por bolsonaristas, que estão acampados em frente aos quartéis na tentativa de impedir que Lula tome posse. Segundo o general, a pauta dos aliados do ex-capitão não encontra amparo na realidade.
“Não posso dizer que tenha havido fraude nas urnas, porque não apareceu nenhuma prova concreta sobre essa questão”, afirmou. “O que eu julgo que aconteceu, como acontece ao longo da história do Brasil desde que nós instituímos o voto popular, é o de cabresto. O voto de cabresto ocorreu tremendamente no interior, em terra indígena, em áreas quilombolas, então, esse voto de cabresto houve”, avaliou em seguida.
Na conversa, o agora senador eleito disse que irá focar sua atuação no Congresso em ‘limitar os poderes do STF’, uma pauta da extrema-direita. A promessa já havia sido feita anteriormente. Ele tornou a defender, por exemplo, o fim das decisões democráticas, disse que irá atuar pelo impeachment de ministros que, na sua visão, cometerem abusos de autoridade e defendeu novamente a imposição de um mandato para os integrantes da Corte.
Fonte: Carta Capital
Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP
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