No último dia 20, visitamos as obras do açude de Lucrécia, que vem ganhando reformas desde anos atrás.
O pontapé para tais reformas, deu-se em 09 de abril de 2014, quando o vereador Manoel Hélio Holanda Maia, enviou ao diretor do IDEMA, à época Jamir Fernandes Júnior, ofício convidando-o para uma Audiência Pública, com a presença de diversos órgãos, como por exemplo o Ministério Público; Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA); Agência nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS); Defesa Civil; autoridades de municípios de abrangência da serventia do açude e população em geral.
A Audiência Pública deu-se em 30 de maio daquele ano, no Plenário da Câmara de Vereadores. E os estudos continuaram, com reuniões por aproximadamente seis meses.
No encontro, ajustado ficou a necessidade de melhorias no reservatório citado. A empresa Cristal, responsável pela primeira etapa, recebeu mais de R$ 3 milhões para executar a obra. Em seguida, percebeu-se o risco de deteriorização da parede principal, com rachaduras e outras problemáticas, que culminou com a adoção de um novo investimento, desta feita de R$ 13 milhões, tendo em vistas, além das demais medidas, a existência de enormes formigueiros, na parede curta, que na mais fiel descrição, coube uma retroescavadeira. A empresa QS Oiticica é a responsável pela obra, que já se arrasta faz meses. vem tocando a obra com a aparente seriedade que se faz necessária.
E, segundo informações de uma autoridade do município, outros R$ 3 milhões deverão ser disponibilizados, como aditivo para a execução final da obra. Ou seja, seriam quase R$ 20 milhões investidos na recuperação do açude de Lucrécia.
Mas um fato simples e absurdamente esquecido pela autoridades responsáveis, é a falta de zelo pelas paredes do açude. Durante nossa visita, fotografamos árvores que germinaram em ambas as paredes, além de uma infinidade de outras plantas, que por meio de suas raízes, em um futuro muito próximo, haverão de trazer problemas semelhantes aos sanados pela obra executada e em execução.
Para se ter uma ideia, Algaroba; Mororó; Jurema; Rosa Seda e Nim Indiano, além de outras tantas, crescem ao logo das duas paredes, evidenciando que suas raízes, já bem firmes, com relação as maiores árvores, haverão de alastrar-se ainda mais pelo percurso das paredes de sustentação do reservatório, nitidamente ameaçando o futuro próximo, repito, deste açude, com o surgimento de novas rachaduras e demais problemas.
As fotos, datada do dia 20 de dezembro último, mostram claramente que não se acredita que o local é exatamente destas paredes. Mas, infelizmente é a mais nítida verdade. Os responsáveis, quer consórcio de empresas; quer governo do estado, precisam emergencialmente, disponibilizar um funcionário para sanar e vigiar constantemente, o surgimento de plantas que venham a trazer ameaça ao reservatório e por consequência, as populações que residem ao seu redor. Inclusive, no interior do açude, a Jurema Preta crescem desordenadamente, o que será um fator que trará prejuízo para a qualidade da água.´
Outro ponto que observamos, foi a inexistência de uma placa, onde exposto esteja as informações sobre valor da obra; início e data prevista para conclusão e demais informações.
Estivemos no escritório da empresa, no centro de Lucrécia, e nos foi informado que havia uma placa enfrente a uma cerâmica, ao lado do canteiro de obra, porém, havia caído e o informante da QS Oiticica nos disse que não sabia se havido sido reerguida.
Fomos ao local citado e, além de não ter encontrado a citada placa, não encontramos o que sobrou da mesma, com a suposta queda. Moradores das proximidades do local indicado, afirmaram que não lembram de ter sido colocado placa alguma no local.
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.