Quase 27 milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 246 ao mês e auxílio emergencial menor não deve amenizar situação
De acordo com estudo da FGV Social, o número de brasileiros que tinham uma renda inferior a R$ 246 saltou de 9,5 milhões para quase 27 milhões em menos de um ano. O valor é 160% inferior ao necessário para comprar uma cesta básica na cidade de São Paulo, cujo custo estimado é de R$ 639,47, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“A perda do controle da pandemia leva ao aumento das dificuldades econômicas do país em geral. Mas, se a gente comparar com março do ano passado, temos um problema muito mais grave, porque os hospitais estão lotados, o número de mortes é muito maior e as ferramentas criadas para lidar com a pandemia foram descontinuadas”, avalia Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese.
As projeções da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) apontam que a crise sanitária causou o primeiro aumento da população na linha da pobreza extrema desde 1998, A avaliação leva em conta que o grupo dos que recebem menos de US$ 1,90 (cerca de R$ 10) por dia deve superar os 130 milhões de pessoas pelo mundo.
De acordo com Augusto, a situação de vulnerabilidade social causada pelos reflexos da pandemia vai persistir ainda pelos próximos anos. “O que está acontecendo hoje a gente vai carregar por algumas décadas”, lamenta ele, que estima uma trajetória de recuperação difícil no caminho do Brasil.
Augusto defende uma ação rápida de ajuda à população mais carente e às pequenas empresas para impedir um colapso maior.
Se isso não acontecer, nós vamos ver um aumento desacelerado da pobreza, do desemprego e da quebradeira das empresas.
FAUSTO AUGUSTO JUNIOR, DIRETOR TÉCNICO DO DIEESE
O economista ainda alerta para o atraso dos dados oficiais sobre a situação econômica dos brasileiros.
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Fonte: R7/Agora RN
Foto: Divulgação
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