A associação em que Erdman trabalha é uma instituição pública, em parte financiada pelo governo de Israel. O médico é responsável pelo monitoramento e organização da campanha de vacinação no país e no relacionamento com todas as nações da América Latina no âmbito da pesquisa científica.
Em entrevista ao UOL, o diretor, que é uruguaio, disse que, na sua visão, a comunidade médico-científica israelense olha para a situação da covid-19 no Brasil com tristeza.
[Ignorar a compra de vacinas] Foi um grande horror. Horroroso. A vacina é uma cura. Lamentamos que tomaram esse caminho. Não temos nem o que dizer. Nós olhamos e lamentamos
Shimshon Erdman, da Associação Médica de Israel
Enquanto a maioria dos países do mundo corria para garantir doses de vacina contra a covid-19, o governo federal demorou para fechar contratos de compra. Em outubro, Bolsonaro desautorizou o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que havia anunciado um plano de vacinação e a aquisição da CoronaVac. E disse que "toda e qualquer vacina" estaria descartada antes da "certificação da Anvisa" (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"A nota que eu dou é menos zero, menos zero e menos zero. Deveriam ter se preocupado em comprar vacina, dar um exemplo na campanha de vacinação. Eu não sou funcionário do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu], mas digo que ele deu exemplo e se vacinou. Ele e o ministro da Saúde mostraram que precisa se vacinar, enquanto aqui não obrigamos ninguém a se vacinar", disse Erdman.
O médico concluiu: "Não se pode falar contra a vacina. Tem que se proteger, tem que se vacinar. Não interessa de onde venha a vacina. Não sou político, mas sou médico, e digo: o que aconteceu foi um horror".
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Fonte: Leonardo Martins/UOL
Foto: Reprodução/Semanario Hebreo Jai
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