De um lado, na busca de resgatar valores éticos, morais e religiosos, em nome de Deus, Pátria e Família, arrebanha uma manada de fanáticos, lunáticos gente do tipo que crê em vida extraterrestre e que duvida da ciência em quase todas as nuances, inclusive defendem a ridícula ideia de que a Terra é plana. Extremistas, extremados, eugenistas, racistas, homofóbicos, fascistas, por assim dizer.
Debaixo de uma moral "rasteira", intitulam-se donos de verdades absolutas, defendem o armamento da população brasileira, propagam discursos de ódio contra as minorias e marginalizam aqueles que se recusam a rezar a cartilha da direita conservadora e antidemocrática.
Cidadãos acima do bem e do mal. Ostentam a Bandeira Brasileira como propriedade privada e, em vão, usam o nome de Deus para legitimar vandalismos e barbáries promovidos contra o Estado Democrático de Direito. Desafiam a Democracia, desrespeitam a independência dos Poderes legalmente constituídos, fazem do Parlamento Brasileiro um esgoto a céu aberto, onde a falta de decoro pode e deve, por eles, ser facilmente justificada pela imunidade parlamentar.
O Brasil, ao invés de ter um Congresso com discussões relevantes relativas ao cenário nacional, transformou-se num celeiro de vômitos e podridões diversas.
A tese, a antítese e a síntese de Max Weber, sequência lógica para o alcance de um debate produtivo, não domina mais as pautas de Brasília. Cedeu passo à ignorância generalizada, ao despreparo intelectual e ao analfabetismo funcional.
A consequência imediata da ausência de argumentos é, sem dúvida, a violência. O diálogo civilizado sai de cena em prol dos relinchos de Nikolas Ferreira, Magno Malta, Júlia Zanatta, Carla Zambeli, Damares, dentre outros tantos imbecis que o Bolsonarismo nos presenteou.
A bancada evangélica enoja qualquer vivente. Para além de rasa e sem autonomia moral para coisa alguma, faz-se e prefaz-se em falas discriminatórias, agressivas, vexatórias e inapropriadas para qualquer idade.
Pois bem, saindo de BSB em direção ao RN, mais precisamente numa cidadezinha localizada nos arredores da tromba do elefante, vejo com preocupação a tentativa de um determinado grupo de evangélicos em "endeusar" a figura de uma pretensa candidata ao Executivo Municipal.
Uma mídia mal feita e desprovida de conteúdo inteligível invadiu meu celular nesta segunda-feira chuvosa.
O ator e/ou locutor, não sei bem como definir o personagem dessa aberração, vestido com uma camisa da seleção brasileira de futebol, narra trechos bíblicos recortados e descontextualizados para exaltar as virtudes de uma "serva de Deus".
A narrativa é pobre, sem criatividade, pífia, contraditória e hipócrita.
A hipocrisia desse rebanho pode ser facilmente demonstrada, grosso modo, ante o comportamento da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, ao se envolver com o Deputado quando este ainda estava casado com sua antiga esposa.
É pecado? Não sei e não tenho a régua adequada para julgar a vida pessoal de quem quer que seja. Defendo as liberdades individuais, acredito sermos os donos das nossas escolhas e ninguém tem nada haver com isso.
Entretanto, a pedra de toque da celeuma reside na seguinte indagação:
Contrariar ensinamentos bíblicos ou usá-los apenas de acordo com a sua conveniência particular e depois pousar em um púlpito de uma igreja de fundo de quintal como defensora da moral e dos bons costumes é brincar com a inteligência do povo.
Fazer política em Alexandria é, de fato, muito difícil. Misturar-se com esse tipo de gente e pedir para tomar um coquetel intravenoso de Dramim, Vonal e Plasil diante de cada palavra proferida por uma mulher cuja retórica consegue ser pior do que a dos colegas atualmente situados na Capital Federal.
E, vejam que para ser pior do que essa cambada, é preciso se esforçar um bocado.
Triste mesmo é ver uma pessoa tentar argumentar sobre politica e entrar no campo pessoal e religioso,mas é sempre assim esses intolerântes,sempre tentando criar narrativas mentirosas cheia de odio e antagonicos a tudo que é principio que envolve o fisico,moral e espiritual.
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