Segundo a investigação, o equipamento teria sido comprado com sobrepreço de R$ 4,6 milhões.
Braga Netto foi nomeado interventor pelo então presidente da República, Michel Temer (MDB). O general teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.
De acordo com comunicado da PF, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
“A investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), na qual informa que a empresa estrangeira e o Governo celebraram contrato, por meio do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, com sobrepreço em coletes balísticos”, diz um trecho do comunicado.
A HSI teria descoberto as irregularidades ao investigar o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021. Os investigadores descobriram que a empresa responsável pelo fornecimento de logística militar para a derrubada de Moises, a CTU Security LLC, foi a mesma contratada pelo Gabinete de Intervenção do RJ com dispensa de licitação, em 31 de dezembro de 2018, último dia da intervenção.
Segundo a PF, ao todo, o contrato celebrado foi no valor de mais de US$ 9,4 milhões, o equivalente a mais de R$ 40,1 milhões no câmbio da época.
O valor acabou sendo estornado em 24 de setembro de 2019 após a suspensão do contrato pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“Além desta contratação, a Operação Perfídia investiga o conluio de duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formam um cartel desse mercado no Brasil. Tais empresas possuem milhões em contratos públicos”, diz outro trecho do comunicado da PF.
Fonte: Diógenes Freire Feitosa/Gazeta do Povo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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