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terça-feira, 17 de setembro de 2019

SENADO REJEITA NOVA LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS, MAS GARANTE FUNDÃO.

Projeto provocou forte reação de entidades da sociedade civil, que percorreram gabinetes e fizeram ato no plenário.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), acaba de anunciar que a Casa rejeitará, na íntegra, o projeto de lei que propõe a flexibilização das regras eleitorais e partidárias. O projeto havia sido incluído pelo próprio Alcolumbre como o primeiro item da pauta de votação de hoje no plenário do Senado, mas provocou forte reação de um grupo de parlamentares e de entidades da sociedade civil, que percorreram os gabinetes dos senadores durante toda a manhã e início da tarde.
Logo após o anúncio, Alcolumbre convocou uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tratará ainda hoje de um único item do projeto: o que define o fundo eleitoral, o chamado “fundão”, usado pelos partidos em ano de eleições. O senador, no entanto, afirmou que não haverá discussão sobre o aumento do fundo eleitoral na CCJ. “O valor do financiamento de campanha será mantido e as demais regras serão rejeitadas”, escreveu o presidente do Senado pelo Twitter.
O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados a toque de caixa em 4 de setembro, é considerado um retrocesso em termos de transparência das atividades partidárias e eleitorais. Um dos itens mais criticados da proposta é o que elimina a padronização das prestações de contas dos partidos, adotada pela Justiça Eleitoral em 2017. Ou seja, o sistema eletrônico de prestação de contas, utilizado pela primeira vez nas eleições de 2018, seria aposentado. “A rejeição pelo Senado foi uma enorme vitória da sociedade, porque esse projeto representava o assassinato da accountability (prestação de contas) dos partidos”, afirma Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.

Fonte: Roberta Paduan/Veja
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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