Em maio de 2016, quando assumi o honroso cargo de secretária de estado da educação e da cultura do Rio Grande do Norte sabia exatamente o tamanho do desafio que tinha pela frente. O ano letivo estava em curso e já havia transcorrido um ano e quatro meses de governo. O tempo era, portanto, ainda mais exíguo. Decidi que não ia passar os dias a lamentar pelo que não tinha sido feito antes e estava certa de que não teria tempo para dar conta de tudo, de vencer o atraso de tantas décadas.
Passei os primeiros meses voltada para entender com quem podíamos contar, o que funcionava na rede e quais eram os principais entraves da educação do RN. Mas também dediquei-me a olhar com afinco para os outros estados, especialmente para os que mais avançam em resultados de aprendizagem.
O convívio no Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) me fez perceber as presenças de diversas instituições, responsáveis pelo investimento social privado de importantes empresas, atuando de forma competente em parceria com secretarias de educação de quase todas as unidades da federação para ajudar a melhorar a qualidade do ensino no Brasil.
Estava há quatro ou cinco meses no cargo quando tive a oportunidade de participar de um seminário, em São Paulo, promovido pelo Instituto Unibanco. Ali presenciei relatos de sucesso de transformações de escolas de ensino médio a partir do trabalho forte da gestão com foco na aprendizagem, por meio da tecnologia educacional desenvolvida pelo Instituto Unibanco para o programa Jovem de Futuro. Não tive dúvidas de que era um dos caminhos para revitalizar o ensino médio do nosso estado. Fui atrás, ouvi pessoas, dialoguei, apresentei nossos desafios. Depois de algumas rodadas de reuniões, convencemos! O Jovem de Futuro chegaria com força ao RN, a partir de abril de 2017.
Também no segundo semestre de 2016, com a Reforma do Ensino Médio e o lançamento da primeira portaria do Ministério da Educação para fomento às escolas de tempo integral, vi que não tínhamos motivos para ficar de fora, mas tinha consciência de que sozinhos não daríamos conta da implantação rápida de um projeto consistente que não fosse confundido com simples atividades no contraturno escolar. Olhei para os estados que tinham iniciado fazia alguns anos. Assim conheci o trabalho dos institutos Natura e Sonho Grande direcionado para investimentos no projeto da Escola da Escolha, do Instituto de Corresponsabilidade em Educação (ICE). Fizemos os diálogos e fechamos a parceria para nos ajudarem a implantar o tempo integral com o mesmo sucesso que alcançaram em outros estados.
Numa das conversas com o especialista em educação do Banco Mundial descobrimos o trabalho da Fundação Lemann voltado para qualificar as equipes gestoras das escolas com ações voltadas para os resultados de aprendizagem. Vimos ali mais um oportuna possibilidade, desta feita para as escolas de ensino fundamental, considerando que o ensino médio já contava com duas frentes fortes e para escolas distintas. Concorremos ao edital da Lemann e tivemos a proposta aprovada. Projeto também iniciado em 2017.
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Fonte: Cláudia Santa Rosa
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