Maria Aparecida, 78, diz ter dado entrada em unidade da Ceilândia na quinta com fratura no fêmur
Uma de suas galinhas teria passado para a casa do lote ao lado."Fui pedir à mulher para pegar a galinha. O pitbull avançou no portão. Se ele pega meu rosto, tinha acabado comigo. Aí, naquele susto, caí de costas. Caí, quebrei meu fêmur e estou no corredor de espera. Tem gente aqui que tem mais de 20 dias, 30 dias e não chama [para cirurgia]. Quanto mais eu, que estou com três dias, né?", disse Maria Aparecida à Folha na tarde deste sábado (10), deitada na maca que lhe serve de leito improvisado, em meio a várias outras no hospital de Ceilândia.
"Sou vó dela, [mas] ela ainda não sabe [do acidente]. Tenho o telefone dela não. Que não falo [com Michelle], tem já cinco anos. O dia que o pai dos meus filhos morreu, ela que pagou o enterro, ficou com a gente lá. Foi o último dia que eu vi."
"Quando ela morava no Rio, chamava minha filha, chamava a família toda para ir lá, não chamou nem eu, nem essa aí [Fátima, filha que a acompanhava no momento da entrevista], nem Aparecida, nem Gilmar, nem Gilberto, tudo meus filhos. Ela chamou o João, que é policial, com a mulher dele, o Tonho com a mulher dele, que é essa que trabalha lá para ela. Não chamou a gente", disse.
Ela, então, diz que, neste sábado, apareceram apenas enfermeiros e que queria ser amparada por alguma profissional do gênero feminino.
Sobre o hospital, onde há outros pacientes também sendo atendidos nos corredores, o governo informou que unidade é um dos equipamentos que está sofrendo reformas, a primeira em 40 anos, e tem deficiências, além de ser insuficiente para cuidar da população da maior cidade do DF.
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