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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

PM QUE MATOU AO CONFUNDIR FERRAMENTA COM ARMA TRABALHAVA "COM ÓDIO", DIZ COLEGA

Escutas autorizadas pela Justiça mostram que Carlos Fernando Dias Chaves, sargento da PM no Rio, falava em matar e que deixou de ser profissional.

Um dia após o sargento Carlos Fernando Dias Chaves confundir um macaco hidráulico com uma arma e matar dois jovens na Pavuna, Zona Norte do Rio, um colega de batalhão do PM afirmou, numa ligação telefônica, que o praça “estava trabalhando com ódio”. Num diálogo entre dois agentes do 41º BPM (Irajá) interceptado com autorização da Justiça no dia 30 de outubro de 2015 — os crimes aconteceram no fim da tarde do dia 29 — , um dos policiais, ao comentar os homicídios, afirmou que o sargento “ficava falando que ia matar, matar e com isso deixou de ser profissional” e que “qualquer um que ele pegasse, ia matar”.
As escutas, obtidas com exclusividade pelo EXTRA, fazem parte de um Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o recebimento de propinas por PMs do 41º BPM na época dos assassinatos dos mototaxistas Thiago Guimarães Dingo e Jorge Lucas Martins Paes. No diálogo, um oficial do batalhão, que teve seu sigilo telefônico quebrado, pergunta a um praça como a ação aconteceu.
O policial responde que os demais PMs que patrulhavam o local na ocasião “disseram para o Carlos Fernando não atirar, eles gritaram para não atirar, dizendo ‘ninguém atira, não atira, não é arma’”. Em seguida, o PM completa: “O Carlos Fernando mirou e atirou e ninguém entendeu nada”. Quatro anos depois, o sargento ainda não foi julgado nem preso pelos crimes — o processo contra ele segue em andamento na 4ª Vara Criminal da capital.
Durante a conversa, o policial também afirma que o sargento tentou fugir do local do crime: “Carlos Fernando foi até o rapaz e, ao verificar que estava morto, disse para ‘meter o pé’”. Em interrogatório no Tribunal de Justiça, Carlos Fernando afirmou que confundiu um macaco hidráulico que um dos jovens carregava na garupa da moto com uma submetralhadora. No depoimento, o sargento acusou os jovens de fazerem “disque drogas” e disse que só atirou porque pensou que sua equipe estava “em iminente perigo”.
"Rapaz era de família"
Durante o diálogo interceptado, um dos policiais diz, ao descrever o homicídio, que uma das vítimas “tinha 16, 17 anos, trabalhador, com mãe e pai ali mostrando que o rapaz era de família”. No momento em que foram assassinados, Thiago Dingo, de 24 anos, e Jorge Lucas Paes, de 17, estavam a caminho de uma oficina mecânica. Eles pretendiam devolver um macaco hidráulico que pegaram emprestado para ajudar um conhecido a consertar uma Kombi quebrada.
Um dos jovens, Thiago, havia acabado de saber que seria pai. Comprou enxoval, desistiu do curso de informática que fazia e passou a dobrar o horário de trabalho. Ele não viu Alice nascer, 50 dias depois do crime.
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Fonte: Último Segundo - iG
Foto: Reprodução


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