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sábado, 6 de julho de 2019

"EU ME DESVINCULEI E NÃO QUERO NEM SABER", DIZ EX-MINISTRO VÉLEZ RODRÍGUEZ SOBRE EDUCAÇÃO.

Em entrevista, Vélez diz que não está interessado no que acontece na educação do país desde que foi retirado da pasta.

Com quase 600 mil habitantes, a cidade de Londrina, no Paraná, se tornou um polo do conservadorismo educacional no Brasil. Vive lá o primeiro gestor do Ministério da Educação (MEC) do governo de Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez. Também na cidade paranaense, Carlos Nadalim, atual secretário de Alfabetização do MEC, coordenou a escola "Mundo do Balão Mágico", onde adquiriu sua experiência com o método fônico, carro-chefe da política de letramento do ministério em oposição à pedagogia de Paulo Freire, conhecida internacionalmente. Depois de exportar nomes para compor a pasta nos últimos meses, Londrina foi uma das primeiras cidades a sediar, na última quinta-feira, uma reunião do grupo Docentes pela Liberdade (DPL), organização de professores conservadores de universidades públicas e privadas. Vélez, porém, não foi convidado.
O ex-ministro, que protagonizou uma das primeiras crises do novo governo, está fora dos holofotes desde que foi demitido do cargo, em abril — e, ao que parece, pretende continuar assim. A reportagem entrou em contato com Vélez para saber se o docente, um dos expoentes do conservadorismo no início do mandato de Bolsonaro, já participou de alguma atividade do DPL, mas, além de estar de fora do movimento, o ex-gestor não está interessado no que acontece na educação do país desde que foi retirado da pasta.
"Estou descansando, com o tempo (talvez). Agora, não", disse, ao ser questionado se pretende voltar a trabalhar com educação, emendando sobre suas impressões a respeito do que tem ocorrido na pasta: " Eu me desvinculei e não quero nem saber. Estou tão desvinculado que não sei de nada."
O DPL é organizado por professores de diversos estados do país, incluindo Ricardo da Costa, docente da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e ex-assessor especial de Vélez no MEC. Costa é um dos poucos egressos da antiga gestão que continuam com cargo na pasta após Abraham Weintraub assumir o comando. De acordo com as palavras do próprio, "um dos poucos totalmente da área da educação". Costa diz que atua em trabalhos internos relacionados à área acadêmica, que também é o foco do grupo Docentes pela Liberdade. Perguntado se o antigo chefe, Vélez Rodríguez, tinha sido cogitado para participar do DPL, Costa disse que a rotina atribulada impossibilitou o convite.
"É tanto trabalho no MEC, que mal dá tempo de respirar, e o Vélez saiu bastante chateado com a exoneração, o processo todo que foi muito conturbado lá dentro. Talvez ele queira ficar um pouco com a família. Até onde me informaram, (os colegas do DPL) não falaram com ele", afirmou Costa, explicando que, apesar de ter sido assessor especial, nunca teve relação muito próxima com Vélez, assim como não tem com Weintraub. Para ele, isso é um indício de que permaneceu no cargo por sua capacidade profissional. Formado em História, brinca que deve ser um dos poucos a ter essa formação e ser de direita dentro do MEC.
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Fonte: Paula Ferreira/Época
Foto: Jorge William/Agência O Globo

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