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sábado, 23 de janeiro de 2016

O PESO DOS NANICOS.

Com 10% dos integrantes da Comissão do Impeachment, legendas com até um deputado são disputadas pelo governo e oposição.

Com o fim do recesso parlamentar, em fevereiro, as discussões em torno do impeachment de Dilma Rousseff serão retomadas pela Câmara dos Deputados. Enquanto aliados e opositores da petista traçam estratégias para mantê-la ou apeá-la da presidência da República, um grupo já vislumbra o triunfo político independentemente do resultado: o dos partidos nanicos. Pouco representativos na sociedade, eles terão força extra na comissão especial do processo, onde será apreciado o relatório final com parecer favorável ou contrário a saída da presidente. PHS, PTN, PEN, PTC, PT do B e PMN, com 15 deputados, indicarão cerca de 10% dos 65 integrantes da comissão. Como a lei garante que, além da proporcionalidade das bancadas, a comissão tenha um integrante de cada partido com representatividade na Casa, os nanicos terão a mesma força política no colegiado que o PSDB, sigla com 53 deputados.
Donas de seis assentos no colegiado, as pequenas legendas poderão desempatar votações na Comissão diante do cenário político conturbado. Por isso, seus dirigentes já estão sendo cortejados por ambos os lados – pró e contra o impeachment. O apoio dos nanicos pode ajudar a aprovar, por exemplo, o já anunciado pedido do DEM para convocar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para depor na comissão. Um ingrediente explosivo, de acordo com as suas delações. As agremiações menores não devem, no entanto, precipitar qualquer enlace – já adiantam seus dirigentes. Conferirão antes os dotes a serem oferecidos pela turma da oposição e pelos governistas. “Vamos ver quem dá mais”, disse um parlamentar de uma legenda pequena.
A disputa pelo apoio das agremiações menores pode reeditar a troca de acusações que marcou a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em 2015. Na ocasião, aliados de Eduardo Cunha, então candidato peemedebista, denunciaram tentativas do governo Dilma de distribuir barganhas para conquistar os votos destas legendas. Foram oferecidos cargos na máquina federal e em governos aliados aos nanicos em troca de apoio ao candidato petista, Arlindo Chinaglia. O governo pretendia, assim, derrotar Cunha. A manobra se mostrou um tiro no pé.

Fonte: Pedro Marcondes de Moura - http://www.istoe.com.br/

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